Resultado da indústria em 2012 é marcado pelo fraco desempenho da indústria automobilística

A indústria brasileira fechou o primeiro quadrimestre de 2012 com uma queda de 2,8% em relação ao mesmo período do ano passado. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o comportamento da indústria foi fortemente influenciado pela queda da produção de automóveis no país no período. A produção de veículos automotores (o que […]

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A indústria brasileira fechou o primeiro quadrimestre de 2012 com uma queda de 2,8% em relação ao mesmo período do ano passado. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o comportamento da indústria foi fortemente influenciado pela queda da produção de automóveis no país no período.

A produção de veículos automotores (o que inclui carros, caminhões, motos e peças) teve uma redução de 17,9% nos primeiros quatro meses deste ano, em relação ao mesmo período de 2011. Apenas os automóveis tiveram uma queda acumulada de 14,9% entre janeiro e abril deste ano, resultado que se somou à redução de 17,4% na produção do último quadrimestre do ano passado.

Segundo o gerente da pesquisa industrial do IBGE, André Macedo, a indústria como um todo tem mostrado um comportamento mais negativo desde o segundo trimestre do ano passado. “A maior presença de produtos importados, os níveis de inadimplência maiores, a menor demanda no mercado interno, as dificuldades de colocação de produtos no mercado externo com o agravamento da crise são fatores a serem considerados. Além de setores importantes dentro da atividade industrial como a indústria automobilística atingirem, para esse mês de abril, níveis de estoque bastante elevados”, disse.

Macedo disse que medidas de estímulo ao consumo, como as anunciadas na semana passada pelo governo federal, costumam ter impactos positivos na produção industrial. Mas, segundo ele, ainda não é possível dizer que efeito as últimas medidas, de redução de impostos e estímulo ao crédito, terão na indústria brasileira.

O pesquisador diz que as medidas de estímulo para o consumo de eletrodomésticos da linha branca, anunciadas no final do ano passado, tiveram um impacto positivo. Enquanto no último quadrimestre de 2011, o setor teve queda de 0,3%, no primeiro quadrimestre deste ano, foi registrado um aumento de 9%.

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