Promotor será ‘fuzilado’ caso primo de Bruno não deponha, diz defesa

O primo do goleiro Bruno, Jorge Lisboa Rosa, que à época do crime contra a modelo Eliza Samudio tinha 17 anos e revelou a trama, não será intimado a depor, pois está incluído no programa de proteção a testemunhas, informou nesta sexta o promotor Henry Wagner de Castro. O advogado Rui Pimenta, que defende Bruno, […]

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar

O primo do goleiro Bruno, Jorge Lisboa Rosa, que à época do crime contra a modelo Eliza Samudio tinha 17 anos e revelou a trama, não será intimado a depor, pois está incluído no programa de proteção a testemunhas, informou nesta sexta o promotor Henry Wagner de Castro. O advogado Rui Pimenta, que defende Bruno, disse que caso o primo do atleta não seja mesmo intimado, o promotor de Justiça “estará fuzilado, ele estará entregando o júri”.

Em 2010, quando o crime foi descoberto pela polícia, foi Jorge Rosa quem deu detalhes e que afirmou que Eliza foi morta por Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, e também esquartejada e dada a cães da raça rotweiller. “Ele (Jorge) estava arrolado pelo próprio MP. Foi ele, inclusive, que deu origem ao processo (ao revelar a trama). É a principal testemunha, e o medo do promotor é o de que o primo do Bruno chegue no julgamento e negue tudo, dizendo que foi arrochado pela polícia para contar toda a história”, disse o defensor de Bruno.

Para Pimenta, o Ministério Público, “como dono da ação penal, não pode abrir mão da principal testemunha. O que o promotor está fazendo é impedindo as provas que estão nos autos”. O advogado disse ainda que provavelmente pedirá à juíza Marixa Fabiane a convocação do primo do goleiro, caso o MP deixe mesmo Jorge de fora.

Castro disse que arrolou cinco testemunhas de acusação, entre elas: o detento Jailson Alves, que era companheiro de cela de Bola e teria ouvido dele uma confissão do crime; e a delegada Ana Maria Santos, que foi quem ouviu o depoimento do primo de Bruno, Jorge. A defesa poderá intimar 25 testemunhas.

O promotor acredita que todos os réus serão condenados e que o resultado do júri de Bola (que foi absolvido pela morte do carcereiro Rogério Novelo) não vai influenciar na decisão do conselho de sentença que será sorteado no próximo dia 19. Ele crê que o julgamento dure três semanas – somente a fase de debates entre MP e advogados de defesa pode durar 14 horas.

Conteúdos relacionados