PMA realiza curso para empalhar animais

A Polícia Militar Ambiental começa na segunda-feira (02) o curso de taxidermia (empalhar) de animais silvestres. O curso visa a preparar os policiais para aproveitamento de animais atropelados, ou que morrem no Centro de Reabilitação de Animais Silvestres, fazendo taxidermia e os utilizando em oficinas de educação ambiental, em especial em escolas públicas e privadas, […]

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A Polícia Militar Ambiental começa na segunda-feira (02) o curso de taxidermia (empalhar) de animais silvestres. O curso visa a preparar os policiais para aproveitamento de animais atropelados, ou que morrem no Centro de Reabilitação de Animais Silvestres, fazendo taxidermia e os utilizando em oficinas de educação ambiental, em especial em escolas públicas e privadas, para discutir os problemas relacionados à fauna.

O material do curso será utilizado no museu de Educação Ambiental da Polícia Militar Ambiental, que trabalha palestras em forma de oficinas em escolas. A idéia deste tipo de trabalho é montar museus itinerantes de educação ambiental para ter um atrativo às crianças e adolescentes para discutir as razões que levaram àqueles animais a estarem mortos.

Trata-se de uma forma bastante didática, que tem fundamentado e tornado os trabalhos na área de Educação da Polícia Militar Ambiental bastante requisitados, até porque, o museu de fauna itinerante é somente uma das oficinas utilizadas nos trabalhos. Também há oficina de reciclagem (discute-se – resíduos sólidos), do ciclo da água (discute-se recursos hídricos), a casinha da energia (discute-se sobre energias e seus impactos, bem como energias renováveis e limpas), plantio de mudas nativas (discute-se – desmatamento, assoreamento, importância da flora etc.).

Além disso, é apresentado o teatro de fantoches, com peças discutindo vários temas ambientais. A PMA trabalha em média 20 mil alunos por ano em escolas da Capital e interior e este Núcleo de Educação Ambiental já trabalhou mais de 200 mil alunos no Estado e, no ano passado, recebeu o prêmio Ecologia e Ambientalismo da Câmara Municipal de Campo Grande.

O Curso terá duração de 200 horas e faz parte da grade de cursos da Polícia Militar e, portando, pode ser oferecido para Policiais de outros Estados. O início será no dia 0 às 08h, no quartel da PMA em Campo Grande e será concluído no dia 20 de abril. Participam, além de policiais militares ambientais de MS, mais policiais ambientais do Rio Grande do Sul, Espírito Santo, Goiás, Rondônia e Tocantins.

No ano passado foi realizado o primeiro curso, que foi executado em 04 módulos de 50 horas, de Aves, Répteis, Mamíferos e Peixes, que aconteceram em Corumbá Aquidauana, Dourados e Bonito. Os animais montados nesses cursos constituíram o museu de Educação Ambiental de cada Unidade, onde foi realizado o curso. Para o curso do ano passado só foi convidada a Polícia Militar Ambiental do Amapá, que participou com 04 policiais.

A intenção das Polícias Militares Ambientais de outros Estados é que os policiais aprendam a empalhar os animais, para constituir museus em suas Unidades, para fazerem Educação Ambiental em seu Estado, nos moldes que é trabalhada pela PMA em Mato Grosso do Sul. Ou seja, desenvolver as palestras com oficinas, tipo de trabalho que atinge melhor os objetivos da discussão dos temas ambientais, pois prendem a atenção dos alunos para cada tema discutido.

A PMA espera montar durante todo o curso, em torno de 100 animais silvestres. O curso é ministrado pelos Policiais Militares Ambientais (taxidermistas) Soldado PM Vilson da Silva Souza e CB PM Claudeir Mikoleite.

Taxidermia

É uma técnica aplicada somente em animais vertebrados e seus registros mais antigos remontam ao império egípcio, há cerca de 2.500 a.C. Popularmente o termo “empalhar” já foi usado como sinônimo de “taxidermizar”, entretanto, há muito tempo não se usam mais os rústicos manequins de palha e barro para substituir o corpo dos animais.

Utilizada para fins de conservação de animais que podem ser utilizados na composição de coleções didáticas, científicas em museus de história natural, a Taxidermia permite que os alunos conheçam os animais da fauna brasileira, sua anatomia e fisiologia, ecto e endoparasitas, entre outros. A taxidermia tem como principal objetivo o resgate de espécimes descartados, reconstituindo suas características físicas e, às vezes, simulando seu habitat, o mais fielmente possível.

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