Operação Durkheim: ex-jogador da Seleção foi vítima de quadrilha
A Operação Durkheim da Polícia Federal apontou que entre as vítimas de uma quadrilha especializada na quebra ilegal de sigilos estão o Tribunal de Justiça de São Paulo, o ex-secretário de Reforma do Judiciário Sérgio Renault, o prefeito de Santo André, Aidan Ravin (PTB), e até o ex-jogador da Seleção Brasileira de futebol Luizão. A […]
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A Operação Durkheim da Polícia Federal apontou que entre as vítimas de uma quadrilha especializada na quebra ilegal de sigilos estão o Tribunal de Justiça de São Paulo, o ex-secretário de Reforma do Judiciário Sérgio Renault, o prefeito de Santo André, Aidan Ravin (PTB), e até o ex-jogador da Seleção Brasileira de futebol Luizão. A PF aponta que o ex-jogador, campeão do mundo pelo Brasil em 2002, foi vítima da quebra de sigilo de dados telefônicos. Luizão disse que já foi informado sobre o crime e está adotando medidas relativas ao caso. O relatório da operação deflagrada na última segunda-feira indica também que a quadrilha obteve um extrato com mais de cem ligações feitas em julho e agosto de 2011 de um telefone de um setor técnico do TJ paulista em Guarulhos. No relatório, concluído no início de novembro, a PF indicou que ainda não havia apurado os motivos que levaram à quebra do sigilo do telefone do tribunal. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.
“De qualquer forma, salta aos olhos a ousadia dos investigados, que mostram absoluto destemor aos poderes constituídos e crença na impunidade dos crimes que praticam”, afirmou a PF. O juiz Rodrigo Capez, assessor da presidência do TJ, disse que a violação foi um “fato isolado” e não mostra fragilidades no sistema de proteção de dados do TJ. Além do setor técnico do TJ, o desembargador do tribunal Luiz Fernando Salles Rossi também foi vítima da quadrilha, de acordo com a PF. Os criminosos conseguiram uma declaração de imposto de renda do magistrado. Outra vítima foi o prefeito de Santo André, Aidan Ravin, que concorreu à reeleição, mas perdeu a disputa. Os criminosos conseguiram a lista de chamadas do telefone celular do prefeito dos meses de fevereiro e março de 2012, que coincidiram com o período pré-eleitoral. A PF também apontou como alvo da quadrilha o advogado Sérgio Renault, que ocupou o cargo de secretário de Reforma do Judiciário do Ministério da Justiça em 2003 e 2004. Ele teve um extrato de ligações de agosto de 2011 violado, segundo a PF.
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