Moradores protestam contra soltura de jovem que matou e jogou mulher em poço

Um grupo de moradores protestaram na tarde de hoje em frente ao fórum da cidade de Itaporã. Com faixas e cartazes eles cobraram da justiça uma explicação sobre a soltura do jovem de 19 anos que matou e jogou Ana Morais Marcelino, de 59 anos, dentro de um poço. O crime ocorreu no dia 18 […]

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar

Um grupo de moradores protestaram na tarde de hoje em frente ao fórum da cidade de Itaporã. Com faixas e cartazes eles cobraram da justiça uma explicação sobre a soltura do jovem de 19 anos que matou e jogou Ana Morais Marcelino, de 59 anos, dentro de um poço. O crime ocorreu no dia 18 de novembro, no distrito de Carumbé, em Itaporã.

O réu, que confessou o assassinato, só foi preso cinco dias após o crime, em 23 de novembro, horas depois que o corpo foi encontrado no poço por uma vizinha. Na sexta-feira passada, uma semana depois de estar atrás das grades ele foi solto, causando revolta dos moradores.

A irmã da vítima, Teresa Morais, está indignada. “Minha irmã foi brutalmente assassinada, de forma covarde, sem defesa. O rapaz confessou que matou ela e mesmo assim não ficou preso. Acredito que se tivesse matado um animal ele estaria preso, mas como o crime foi contra uma pessoa já está em liberdade”, disse ela.

Cerca de 20 pessoas participaram do protesto em frente ao fórum. O juiz Adriano de Rosa Bastos, que relaxou a prisão do acusado recebeu a imprensa e falou sobre o caso.

Segundo ele, a prisão feita cinco dias após o crime não caracteriza flagrante. “Tive que relaxar a prisão somente para atender o Código Penal. Não importa a gravidade do crime, porque o fato por si só não decreta a prisão preventiva. Há fundamentos para isso, o que não quer dizer que durante o percurso do processo o acusado não venha ser preso, isso pode ocorrer”, explica o juiz.

O magistrado foi transferido para outra comarca e nos próximos dias quem assume o caso, de acordo com ele, será a juíza Dileta Terezinha Tomás, de Dourados.

“O fato do acusado ter sido solto não significa que ele vá responder em liberdade. Ao longo do tramite pode surgir o flagrante”. esclarece Adriano de Rosa Bastos.

O caso

A vítima, Ana Morais Marcelino, residente no distrito de Carumbé, havia desaparecido na domingo (17), quando saiu de casa avisando os filho que iria visitar outros familiares em Dourados. Seis dias depois, na sexta-feira (23), seu corpo foi encontrado dentro de um poço próximo da casa onde vivia.

Algumas horas depois, o acusado foi preso. Ele disse que na noite desaparecimento ingeriu bebidas alcoólicas junto com Ana, na casa dela, e que em certo momento teve inicio uma discussão. A mulher teria ofendido a mãe do rapaz, e ele a agrediu com uma gravata, asfixiando-a, e em seguida jogando-a em poço.

Conteúdos relacionados