Mesmo sem grande ânimo, Bolsas dos EUA fecham em alta

Os principais índices acionários dos Estados Unidos fecharam em alta nesta terça-feira, reduzindo parte das perdas da semana passada. Os dados que mostram que o setor norte-americano de serviços cresceu em um ritmo levemente mais acelerado do que o esperado em maio, ofuscando a angústia de investidores em relação à crise fiscal da zona do euro.

Ações do setor financeiro estiveram entre as de melhor performance. O índice do S&P que acompanha o movimento da área avançou 1,7%, superando significativamente outros setores. O indicador, no entanto, acumula perdas de 13% desde o início de maio.

O papel do Bank of America subiu 2,9% nesta terça-feira, para US$ 7,10, e o do JPMorgan valorizou-se 3,2%, para US$ 31,98.

Espera-se que esse rebote de alta nas ações do setor financeiro seja temporário, já que o sentimento do mercado continuou negativo em face à crise de dívida da zona do euro e uma série de dados recentes que mostraram que a maior economia do mundo está crescendo em ritmo menor do que o esperado.

O mercado também pode estar se preparando para se desapontar, com a reunião do Banco Central Europeu (BCE) na quarta-feira e um testemunho sobre a economia do chairman do Federal Reserve (banco central norte-americano), Ben Bernanke, perante um comitê do Congresso na quinta-feira.

“Eu não me chocaria se nós estendêssemos ganhos a partir dessa situação, mas eles seriam facilmente revertidos. A questão é: você realmente quer abaixar para pegar uma moeda na frente de um trator?”, disse o administrador de portfólios do TEAM Financial Asset Management, James Dailey.

“O mercado não viu ainda um verdadeiro pânico de vendas. Isso ainda está por vir”, acrescentou.

A reunião do BCE pode ter um impacto sobre a crise do euro se o banco continental sinalizar vontade de adotar medidas que aliviariam os estresses financeiros na Europa.