Leão cita divergências sérias e acha difícil trabalhar no São Paulo

O motivo da demissão de Emerson Leão vai além do aproveitamento de 63,6% nesta segunda passagem pelo São Paulo e a contestação do índice por conta das eliminações no Paulista e na Copa do Brasil e da falta de uma vaga na Libertadores. Há dois meses, os desentendimentos com a diretoria tornaram-se evidentes e, como […]

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O motivo da demissão de Emerson Leão vai além do aproveitamento de 63,6% nesta segunda passagem pelo São Paulo e a contestação do índice por conta das eliminações no Paulista e na Copa do Brasil e da falta de uma vaga na Libertadores. Há dois meses, os desentendimentos com a diretoria tornaram-se evidentes e, como relata o técnico, “sérios”. O resultado foi ele ser tirado de um treino para ser comunicado de sua saída.

“Desejo felicidade para quem chegar. É bom de trabalhar no São Paulo, mas também é difícil”, disse o treinador, que ainda cortou o cabelo no CT da Barra Funda antes de ser ele mesmo o encarregado de anunciar sua demissão. No sábado, após a derrota para a Portuguesa, ele já havia dado entrevistas sem nenhum apoio de dirigentes, que se calaram até esta terça-feira.

O auge dos desentendimentos ocorreu em 1º de maio, quando a diretoria impôs que Paulo Miranda deixasse até a concentração e o vetasse dos jogos contra a Ponte Preta pelas oitavas de final da Copa do Brasil. Tudo à revelia do treinador. “Não sei se houve estremecimento, mas houve uma divergência séria”, contou Leão logo depois de sua demissão.

Restringido de opinar sobre contratações e dispensas, o técnico acha que aguentaria mais tempo. “Ninguém é obrigado a concordar com o que você faz. E fico até o dia em que me sentir violentado. Se não saí antes, é porque não quis”, explicou, evitando criticar diretamente dirigentes que já chamou de “novatos” – neste caso, se encaixa o diretor de futebol Adalberto Baptista, há um ano no cargo.

O motivo da demissão de Emerson Leão vai além do aproveitamento de 63,6% nesta segunda passagem pelo São Paulo e a contestação do índice por conta das eliminações no Paulista e na Copa do Brasil e da falta de uma vaga na Libertadores. Há dois meses, os desentendimentos com a diretoria tornaram-se evidentes e, como relata o técnico, “sérios”. O resultado foi ele ser tirado de um treino para ser comunicado de sua saída.

“Desejo felicidade para quem chegar. É bom de trabalhar no São Paulo, mas também é difícil”, disse o treinador, que ainda cortou o cabelo no CT da Barra Funda antes de ser ele mesmo o encarregado de anunciar sua demissão. No sábado, após a derrota para a Portuguesa, ele já havia dado entrevistas sem nenhum apoio de dirigentes, que se calaram até esta terça-feira.

O auge dos desentendimentos ocorreu em 1º de maio, quando a diretoria impôs que Paulo Miranda deixasse até a concentração e o vetasse dos jogos contra a Ponte Preta pelas oitavas de final da Copa do Brasil. Tudo à revelia do treinador. “Não sei se houve estremecimento, mas houve uma divergência séria”, contou Leão logo depois de sua demissão.

Restringido de opinar sobre contratações e dispensas, o técnico acha que aguentaria mais tempo. “Ninguém é obrigado a concordar com o que você faz. E fico até o dia em que me sentir violentado. Se não saí antes, é porque não quis”, explicou, evitando criticar diretamente dirigentes que já chamou de “novatos” – neste caso, se encaixa o diretor de futebol Adalberto Baptista, há um ano no cargo.

“Tivemos divergências, mas em nenhum momento o São Paulo deixou de cumprir com a obrigação ou deixou coisas escondidas. Entrei para ser treinador de campo e nunca fui nada mais do que isso. Não era para eu ser um consultor de contratações”, relatou, ainda duvidando da veracidade das cobranças da principal organizada do clube por sua demissão, em protesto que durou todo o jogo contra a Portuguesa no Canindé.

“Nos oito meses que passei, todas as vezes em que a torcida se referiu ao meu nome foi com elogio. O contrário aconteceu pela primeira vez no campo da Portuguesa de forma orquestrada, organizada, com faixas. E não falaram só no meu nome. Ou o buraco é mais em cima ou mais embaixo, mas não me interessa saber”, falou, garantindo, também, que não teve mau relacionamento com os atletas.

Desempregado, o treinador prefere não expandir as críticas que foi deixando claras ao longo dos dois últimos meses dos oito em que ficou no clube. “Com a minha experiência, quando saio de alguma equipe deixo de falar dela. Tenho autoridade para falar, mas não devo tripudiar, até porque fui muito bem recebido. Se encontrar, cumprimento qualquer funcionário da mesma forma que fiz quando cheguei. Não tem revolta, mas compreensão. Sendo compreensivo, você ajuda o clube até na hora de sair”, afirmou.

 

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