Governador diz que dívida de MS com a União caiu em comparação à receita

O governador André Puccinelli (PMDB) afirmou nesta quinta-feira (22) que a dívida de Mato Grosso do Sul com a União baixou se comparada ao desempenho da receita corrente líquida do Estado. Ele informou que, quando assumiu o governo em 2007, o débito equivalia a 1,81 vez a arrecadação. “Hoje eu devo 1,14 vez a receita corrente líquida”, destacou.

“Paga-se juros e ela é indexada com IGP-DI (Índice Geral de Preços Disponibilidade Interna) mais 6%, então, cresce o valor nominal”, explicou o governador. Para ele, no entanto, isso não é o mais importante. “Hoje nós estamos dando conta de pagar todos os juros e percentualmente ela (a dívida) está diminuindo em relação à receita”, reforçou.

Ainda sobre o mesmo assunto, Puccinelli aproveitou para alfinetar seu antecessor, o ex-governador Zeca do PT. “Quando o Zeca me entregou o governo, a dívida comprometia 181% da receita corrente líquida, ou seja, a dívida precisava de 1,81 vez a receita corrente líquida”, lembrou.

Além disso, segundo Puccinelli, o petista não pagou todos os juros. “O Zeca não deu conta de pagar a prestação de dezembro e eu tive que pagar seis meses de multa, R$ 1,8 milhão por mês”, relatou. “Então, hoje está mais sólida a economia e a dívida está crescente em menor percentual do que a receita corrente líquida”, emendou.

Justamente por conta da suposta evolução das contas estaduais, Puccinelli disse vislumbrar mais empréstimos para reverter em investimentos a Mato Grosso do Sul. “A minha capacidade de pagamento melhorou, então, vão me emprestar dinheiro”, comemorou. Atualmente, o Estado ocupa 64% da capacidade total de endividamento. O montante não pode ultrapassar ao valor de duas vezes a receita líquida.

Renegociação da dívida

Diante da dificuldade de os estados quitarem a dívida, Puccinelli acredita no bom senso da União para renegociar o débito. “Eles estão amolecendo, porque estão vendo que estão nos impondo um sufoco”, comentou. “Em 2011, pagamos R$ 681 milhões de juros, uma barbaridade”, completou.