Falta de leitos em hoteis de Campo Grande inibe realização de grandes eventos na cidade

Além de novos leitos a Capital necessita de locais para grandes convenções, avalia Associação

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Além de novos leitos a Capital necessita de locais para grandes convenções, avalia Associação

Mesmo com as recentes inaugurações de hotéis, o setor hoteleiro e de eventos ainda apontam falta de leitos em Campo Grande. Conforme a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Mato Grosso do Sul – ABIH/MS, a cidade está começando a se especializar no turismo de negócios e eventos, mas carece ainda de pelo menos 1.500 leitos.

“Atualmente, a Capital conta 40 hotéis, número insuficiente para suportar mais de um grande evento.”, avalia Leonardo Lorenzzetti, presidente da ABIH/MS, que explica ainda que a cidade deixa de sediar eventos por essa falta de suporte.

Pesquisa realizada pelo IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística indica que Campo Grande possui cinco mil leitos. O levantamento foi feito em hotéis, pousadas, apart-hotéis, motéis e pensionatos.

Para Lorenzzetti, destes, apenas três mil leitos seriam em hotéis, apart-hotéis e pousadas. “Muitas vezes o hóspede não quer se hospedar em um motel, por estar com a família, por exemplo. Já tivemos que realizar o encaminhamento de clientes para Sidrolândia pela falta de vagas.”.

O presidente da ABIH/MS revela ainda que quatro novo hotéis estão para ser abertos na Capital, sendo um nos altos da avenida Mato Grosso, um El Kadri – na avenida Afonso Pena, um que pertencente a rede De Ville – na Via Parque e um Hotel Ecológico, que está em processo de negociação e será construído na saída para Três Lagoas.

“Os novos hotéis significariam a abertura de dois mil leitos em Campo Grande”, comenta. A previsão que os novos empreendimentos estejam em funcionamento entre um ano e um ano e meio.

Eventos

Porém, a cidade não carece apenas de novos hotéis para aumentar o suporte de turistas. Hoje a Capital conta com apenas um centro de convenções, com capacidade para três a quatro mil pessoas.

“Não adianta criar novos leitos e não ter eventos suficientes que permitam sua ocupação. É necessário também a construção de novos centros de eventos”, aponta. Leonardo revela também que algumas empresas têm especulado sobre a construção de centros de convenções.

Em sua avaliação, a não criação de locais para grandes eventos pode provocar um déficit na balança. “Uma coisa puxa a outra. Hoje a cidade fica estagnada quando recebe mais de um evento, porém essas situações não acontecem durante todo o ano. Abrindo estes novos leitos sem locais para receber grandes eventos provocará outro problema.”

Recentemente, o trade turístico (setor composto pelas associações relacionadas ao turismo no MS – ABIH, Abrasel, Abave, Convention Bureu) fez uma solicitação junto à Prefeitura, pela construção de Centro de Convenções Municipal. A solicitação foi encaminhada também aos candidatos a prefeito da Capital.

“É um tipo de turismo que abrange cerca de 52 diferentes negócios entre bares, hotéis, táxis, restaurantes, shoppings… É um setor que trás divisas para o município. Agora é a hora de melhorar, pois a Copa de 2014 e as Olimpíadas em 2016 proporcionaram um divulgação espontânea no exterior. ”, lembra.

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