Exportações de industrializados atingem US$ 1,81 bilhão em 8 meses

O montante é reflexo da melhoria nas vendas dos grupos do Complexo Carne, Açúcar e Álcool, Papel e Celulose, Óleos Vegetais, Alimentos e Bebidas, Couros e Peles e Fiação e Vestuário

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O montante é reflexo da melhoria nas vendas dos grupos do Complexo Carne, Açúcar e Álcool, Papel e Celulose, Óleos Vegetais, Alimentos e Bebidas, Couros e Peles e Fiação e Vestuário

As exportações de produtos industrializados de Mato Grosso do Sul nos oito meses deste ano já alcançaram uma receita superior a US$ 1,81 bilhão, o que representa um crescimento de 2,2% na comparação com o mesmo período de 2011, quando o montante foi de US$ 1,77 bilhão, conforme levantamento do Radar Industrial da Fiems com base nos dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Na avaliação do presidente da Fiems, Sérgio Longen, essa retomada nas exportações de industrializados é influenciada diretamente pela melhoria nas vendas de sete grupos – Complexo Carne, Açúcar e Álcool, Papel e Celulose, Óleos Vegetais, Alimentos e Bebidas, Couros e Peles e Fiação, Têxtil, Confecção e Vestuário.

No caso específico dos grupos “Açúcar e Álcool” e “Celulose e Papel”, os preços pagos pelos compradores externos aumentaram, beneficiando o saldo da balança comercial sul-mato-grossense. Enquanto os grupos “Óleos Vegetais”, “Complexo Carne” e “Couros e Peles” tiveram os volumes de exportações ampliados para os principais compradores, como China, Bangladesh, Rússia, Irã e Arábia Saudita, respectivamente, assim como o grupo “Fiação, Têxtil, Confecção e Vestuário”, com o aumento das compras pela Argentina e Paraguai. Além disso, vale destacar que o crescimento de 2,2% nas exportações de industrializados de Mato Grosso do Sul ocorre sobre uma forte base de comparação.

Para se ter ideia, de janeiro a agosto nos anos de 2009 e 2010, as receitas totais de exportação de industrializados foram de US$ 810,1 milhões e US$ 1,30 bilhão, respectivamente, indicando deste modo, uma taxa média de crescimento da ordem 22,3% no período considerado. O levantamento do Radar da Fiems ainda aponta que, quanto à participação nas exportações totais de Mato Grosso do Sul, as vendas externas de industrializados atingiram a marca de 67,6% da receita total de tudo que foi exportado pelo Estado no ano – US$ 2,52 bilhões. Com uma receita equivalente a US$ 258,3 milhões, agosto de 2012 registra o 2º melhor resultado já alcançado para o mês em toda a série histórica da exportação de industrializados de Mato Grosso do Sul, atrás somente de agosto de 2011 com US$ 261,9 milhões.

Por fim, quando comparado com os resultados de igual mês, ao longo da série, vale ressaltar que de janeiro de 2009 até agora foram registradas 32 quebras de recorde nas receitas de exportação. Com relação ao volume, no acumulado do ano, o montante total alcança 5,39 milhões de toneladas, indicando uma redução de 1,2% em relação à igual período de 2011, quando foi vendido ao exterior o equivalente a 5,45 milhões de toneladas de produtos industrializados. No mês de agosto, a exportação de industrializados alcançou o equivalente a 996,9 mil de toneladas, indicando, deste modo, crescimento de 22,8%, em volume, sobre igual mês do ano anterior, quando as vendas externas somaram 811,7 mil toneladas.

Principais grupos

De janeiro a agosto deste ano, os principais grupos de industrializados que apresentam crescimento nas exportações são “Alimentos e Bebidas” (49,5%), “Óleos Vegetais Bruto e Refinado” (43,3%), “Complexo Carne” (15,7%), “Couros e Peles” (14,6%), “Fiação, Têxtil, Confecção e Vestuário” (14,4%), “Açúcar e Álcool” (11%) e “Papel e Celulose” (2,5%). No caso do grupo “Alimentos e Bebidas”, a receita de exportação ficou em US$ 47,92 milhões, tendo como principais compradores a Tailândia, a Bolívia, a Indonésia e o Paraguai.

Já o grupo “Óleos Vegetais” obteve receita de US$ 107,29 milhões, tendo como principais compradores a China, a Índia e Bangladesh, enquanto o grupo “Complexo Carne” atingiu receita de US$ 577,71 milhões, com os principais compradores sendo Rússia, Hong Kong, Japão, Arábia Saudita, Irã, China, Chile, Venezuela, Egito e Holanda. O grupo “Couros e Peles” registrou receita de US$ 67,15 milhões e os principais compradores foram Itália, China, Hong Kong, Indonésia e Uruguai.

No caso do grupo “Fiação, Têxtil, Confecção e Vestuário”, a receita no período foi de US$ 3,16 milhões, tendo como principais compradores a Argentina, Bolívia, o Paraguai, o Uruguai, o Japão e o México. O grupo “Açúcar e Álcool” conseguiu receita de US$ 362,77 milhões e teve como principais compradores a Rússia, a Nigéria, Bangladesh, a China, Marrocos, Canadá, Argélia, o Irã, a Índia, a Arábia Saudita, os Estados Unidos, o Egito e a Geórgia.

O grupo “Papel e Celulose” registrou receita de US$ 304,89 milhões e teve como principais compradores a China, a Holanda, Itália, o Reino Unido, a Espanha, a Coréia do Sul, a Turquia, a França e o Japão. Já no grupo “Extrativo Mineral”, apesar de registrar redução de 28% no período, somou receita de US$ 294,95 milhões, desempenho influenciado pelas restrições decorrentes da navegação no Rio Paraguai, com os comboios saindo com praticamente a metade do volume transportado, quando comparado com igual período do ano passado, tendo como principais compradores a Argentina e a Espanha.

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