Documento de apoio ao Governo do Estado causa indignação a praças da PM

Após ameaças de aquartelamento, representantes dos cabos e soldados assinaram um manifesto em agradecimento ao Governo do Estado pela condução do processo de negociação

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Após ameaças de aquartelamento, representantes dos cabos e soldados assinaram um manifesto em agradecimento ao Governo do Estado pela condução do processo de negociação

Ao acessar conteúdo disponibilizado no site da Polícia Militar (veja aqui), que contem cópia de um ofício com elogios ao Governo do Estado vários militares ligaram para a redação do Midiamax indignados. O documento foi elaborado pelo Comando Geral da PM e que é assinado pelo presidentes do Clube dos Oficiais da PM e Bombeiros Militares, da Associação Beneficente de Subtenentes e Sargentos e da Associação de Cabos e Soldados.

O documento elaborado depois de inúmeras ameaças de aquartelamento caso o Governo não aceitasse a proposta de verticalização salarial causou surpresa na maioria dos cabos e soldados que participaram de assembleias para discussão salarial da polícia militar e corpo de bombeiros.

Nesta quarta representante dos praças assinou ofício confeccionado pelo gabinete do Comando Geral da PM agradecendo pelos serviços prestados aos servidores públicos e ainda sacramentando a proposta de R$ 2.200 para soldado em início de carreira, feita no dia 27 de abril pelo Governo.

Assinam a carta o presidentes do Clube dos Oficiais da PM e Bombeiros Militares, da Associação Beneficente de Subtenentes e Sargentos e da Associação de Cabos e Soldados. Em assembleia com veto à imprensa, os oficiais afirmaram oficialmente que apoiavam as decisões que os praças estavam tomando como, por exemplo, o pedido de escalonamento salarial, vinculação de 25% do salário de soldado ao de um coronel e ainda a operação Tolerância Zero.

O presidente da ACS, Edmar Soares justifica que assinou o documento porque se viu pressionado nas negociações salariais que não tinham acordo e o prazo para enviar o projeto de aumento salarial para o governo era a data de hoje. Segundo ele, a preocupação era estabelecer política salarial e o índice ficar em apenas 6% apresentado anteriormente pelo Governo.

No dia 27, aconteceu assembleia com policiais militares e o comandante da corporação, coronel Carlos Alberto David dos Santos. Foi apresentada uma proposta, por parte do Governo, de R$ 2.200 para soldado iniciante, sendo que tal decisão incide diretamente aos militares bombeiros.

Os praças militares acreditavam que iriam ser chamados para nova assembleia com a diretoria da Associação de Cabos e Soldados da Polícia Militar e Bombeiro Militar (ACS) como aconteceu nas três vezes anteriores, quando foram rejeitadas as contrapropostas salariais.

Quanto aos elogios feitos ao governo, Edmar Soares justifica que o documento foi confeccionado pela instituição Polícia Militar, portanto não tinha como interferir. “Pra mim a parte que interessa é a última que é o que ficou acordado. No recebimento o governador usou até no despacho que recebeu dos comandantes da PM e dos Bombeiros (Ociel Elias Ortiz).

Edmar Soares garante que com a aceitação da proposta conseguiu um fôlego para verticalização salarial até o mês de agosto deste ano. “Vamos tentar rever tudo isto até lá”, garante.

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