Distração das pessoas colabora para aumento de furtos em pontos de ônibus

De acordo com Wellington de Oliveira, delegado da 1ª DP, somente em um ponto do transporte coletivo, na Avenida Afonso Pena, foram registrados 18 furtos nos últimos meses

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De acordo com Wellington de Oliveira, delegado da 1ª DP, somente em um ponto do transporte coletivo, na Avenida Afonso Pena, foram registrados 18 furtos nos últimos meses

Você já parou para pensar como tem andado ultimamente com a bolsa no centro de Campo Grande ou de outras cidades brasileiras? Esse é um dos focos da chamada ‘Prevenção Primária’, um trabalho realizado pelo delegado da 1ª DP da capital, Wellington de Oliveira, para evitar pequenos furtos. Na manhã desta segunda-feira (30), o delegado foi ao centro de Campo Grande para mostrar algumas situações em que as pessoas facilitam a ação de marginais.

“A ocasião realmente faz o ladrão. Em vários episódios de furtos, sabemos que os cidadãos não prestam muita atenção com a bolsa ou com outros objetos de valor”, comentou Wellington.

Na Avenida Afonso Pena, entre a Rua 14 de Julho e Avenida Calógeras, em um movimentado ponto de ônibus, somente ali, a Polícia Civil registrou 18 furtos nos últimos três meses. “Veja, a mulher pegando a bolsa e mostrando pra todos que a carteira está recheada de dinheiro. Isso é errado! O ideal é já chegar ao ponto de ônibus com o dinheiro separado ou com o cartão do transporte no jeito. Não manusear, muito menos contar dinheiro na frente de estranhos”, alertou o delegado.

“É verdade, a gente acaba pegando dinheiro em qualquer lugar, é errado mesmo, tem um monte de gente olhando. Mas vamos procurar ficar atento, né? E seguir a orientação da polícia”, disse dona Maria Marques, aposentada que contava tranquilamente as notas ao lado do ponto de ônibus.

No mesmo ponto, em frente a uma movimentada loja da Afonso Pena, principalmente no horário de pico (16h30 às 18h) é um empurra-empurra só, e é aí que os malandros se aproveitam para agir na ‘surdina’. “Na hora da ‘muvuca’, com um monte de gente entrando ou saindo do ônibus, se bobear, esse é o momento em que o ladrão pega carteira ou outros objetos das pessoas dentro ou fora da bolsa. Por isso, é preciso ficar bem atento e saber carregar a bolsa cuidadosamente”, continuou Wellington.

Na manhã de hoje, uma mulher falava tranquilamente ao celular enquanto a bolsa dela, acredite, estava aberta. “Essa é uma situação totalmente errada e que acaba atraindo o ladrão. Repare, a mulher distraída, ainda com a bolsa aberta, aí fica fácil demais para o bandido, falou Wellington”.

Mais dicas e puxões de orelha

O público-alvo dos marginais geralmente são os mais idosos, mas podemos incluir também pessoas de qualquer idade que acabam dando mole para os ladrões. “Polícia e comunidade juntos na prevenção da criminalidade”, essa é uma das frases expostas no panfleto produzido pela polícia. Além dos recados sobre a bolsa da mulherada, o material traz ainda uma série de dicas que podem ajudar a diminuir o índice de furtos no centro da cidade. Anote aí:

1- andar nas ruas: evitar sair com grandes quantias de dinheiro; se sentir que está sendo perseguido, avisar a polícia imediatamente; separar o valor da passagem, do cafezinho ou do lanche; evitar passar por ruas ou praças mal iluminadas.

2- durante as compras: procurar não ir às compras sozinho; jamais deixar bolsas ou objetos (como carteiras, celular, cartões) onde possam ser facilmente furtados; prefira fazer compras em horário de menor movimento, evitar lojas lotadas. “Em caso de furtos, comunicar imediatamente a polícia, discar 190 ou procurar a delegacia mais próxima. É importante que os cidadãos registrem as ocorrências, elas são fundamentais para o planejamento policial”, lembrou o delegado.

3- saídas de bancos: muita cautela nessa hora; evitar conversar com estranhos; ao sair da agência, olhar para todos os lados para ter certeza que não está sendo seguido; outra dica é nunca colocar todo o dinheiro num único bolso (especialmente o detrás). O indicado é dividir o dinheiro em diferentes locais ou bolsos.

4- nos carros: se possível, manter os vidros do veículo fechados e portas travadas; a atenção deve ser redobrada à noite, evitar abrir vidros para vendedores ambulantes (podem ser bandidos) e evitar parar para discutir pequenas batidas no carro (pois podem ser os assaltantes querendo fazer mais uma vítima); jamais deixar objetos de valor (jóias, not books, carteiras) à vista dentro do automóvel.

As recomendações continuam ainda sobre os ‘cruzamentos’, como: deixar o carro na primeira marcha ou estacionar em locais seguros. ‘Dentro dos ônibus’, alguns furtos já foram registrados na capital enquanto as pessoas ‘cochilavam’ durante o trajeto. “Evitar dormir dentro do ônibus e também não ficar conversando com estranhos, quando você menos perceber, já podem ter levado sua carteira ou sumido algum objeto seu”, alertou Wellington. Sequestro- relâmpago e assaltos no trânsito

O material traz ainda orientações para evitar seqüestro-relâmpago: atenção ao estacionar, ao sair de bancos ou ao chegar em casa. À noite, reduzir a velocidade aos poucos para evitar ficar parado no semáforo principalmente em locais com pouca iluminação. Observar bem, quando for entrar em casa, se há suspeitos nas proximidades ou escondidos atrás de postes ou árvores.

No carro, é importante lembrar que as abordagens dos assaltantes geralmente são feitas do lado o motorista está. Pacotes, embrulhos chamativos, jóias não devem ficar à mostra, guardar tudo no porta-malas. Não parar à noite parar fazer ligações em orelhões ou pelo celular também; e sempre que possível, guardar o veículo em estacionamento, em local seguro.

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