Disputa acirrada empurra para a última semana anúncio dos candidatos a vice

Nos quatro maiores municípios de Mato Grosso do Sul, indefinições marcam a última semana para fechar o arco de aliança na corrida pelo comando das prefeituras

Nos quatro maiores municípios de Mato Grosso do Sul, indefinições marcam a última semana para fechar o arco de aliança na corrida pelo comando das prefeituras. Em clima de disputa acirrada, até agora, nenhum pré-candidato a prefeito adiantou seu parceiro de chapa e o anúncio, na maioria das cidades, ficará para o próximo sábado (30), quando encerra o prazo para os partidos homologar os pré-candidatos e as coligações.

Em Campo Grande, ao contrário das últimas eleições, as agremiações fazem mistério. O pré-candidato governista, deputado federal Edson Giroto (PMDB), vem arrastando a dúvida desde março. O mais cotado para ficar com a vice é o presidente regional do PDT, Dagoberto Nogueira. A cúpula do PMDB, no entanto, não confirma a indicação e promete revelar o nome apenas na convenção do próximo sábado.

Vem tirando o sono dos governistas a rejeição de Dagoberto e a pré-candidatura de tradicionais aliados, como o PSDB. Por conta da pulverização das pré-candidaturas, o PMDB deverá registrar uma substancial redução de apoiadores. Em 2008, na reeleição do prefeito Nelsinho Trad (PMDB), o partido fechou com 19 siglas. Até agora, confirmaram apoio a Giroto o PR, PDT, DEM, PTB, PRP e PTdoB. O governador André Puccinelli diz contar com a adesão de 13 legendas, mas não elenca os nomes.

O tucano Reinaldo Azambuja está surpreendendo por tirar aliados dos governistas e do PT, principal partido de oposição no Estado. De última hora, o PSDB arregimentou o PMN da coligação de Giroto e convenceu o vereador Athayde Nery (PPS) a abrir mão da candidatura própria. Além disso, pode conquistar o apoio do PSB, assediado também pelo PT e PMDB.

Nem por isso, Azambuja revelou seu parceiro de chapa. A tendência é Athayde ficar com o espaço na chapa majoritária. Antes, porém, o tucano precisará convencer o PSC a abrir mão da vaga. “Até quinta-feira (28), espero resolver a questão”, disse o pré-candidato a prefeito. Além do PSC PPS e PMN, devem caminhar com o tucano o PTN e o PHS.

O PT, do pré-candidato a prefeito Vander Loubet, fez a convenção no domingo, mas deixou o anúncio do vice para o próximo sábado. Até agora, o partido não fechou aliança com ninguém, por isso, cogita chapa pura. Ao mesmo tempo, mira no apoio do PSL, PCdoB, PSB, PRB e PSD.

Também sem aliados, o deputado estadual Alcides Bernal (PP) luta para sobreviver na disputa. A expectativa é contar com o bom senso dos petistas no sentido de dividir com o parlamentar o apoio dos partidos do campo de oposição. O mais próximo de Bernal é o PSD, do ex-suplente de senador Antonio João Hugo Rodrigues. O problema é que até agora a legenda não dispõe de tempo de propaganda. Na quarta-feira (27), o Supremo Tribunal Federal deverá decidir a questão.

Em Dourados, Três Lagoas e Corumbá vice também é mistério

Em Dourados, Três Lagoas e Corumbá a indefinição sobre o vice se repete. O prefeito Murilo Zauith (PSB) observa, quietinho, a disputa do PT e DEM pela vaga. Ao mesmo tempo, reserva o espaço para o PMDB, no caso de o partido, de última hora, barrar a candidatura do deputado federal Marçal Filho (PMDB), que também não escolheu seu companheiro de chapa.

Também na luta pela reeleição, a prefeita Márcia Moura (PMDB) é outra que não tem vice definido, da mesma forma que o vereador Ângelo Guerreiro (PSD), seu principal adversário na disputa. A dúvida se prolonga, principalmente, por conta da indefinição do PSDB e do PSB na corrida eleitoral.

Pré-candidato a prefeito de Corumbá, o deputado estadual Paulo Duarte (PT) prometeu a vaga de vice ao PSD, mas até agora não escolheu o nome, o que alimenta esperanças de outros aliados, como o PDT. Recém confirmada como pré-candidata pelo PMDB, Solange Alves de Oliveira também entra na semana final das definições sem companheiro de chapa.