Denúncia de armamento em aldeia pode levar à abertura de CPI em MS
A denúncia feita pelo presidente da Associação Estadual dos Direitos das Comunidades Indígenas do Mato Grosso do Sul, Danilo de Oliveira, da tribuna da Assembleia Legislativa no dia 13 de novembro, segundo o qual haveria armamento pesado escondido na Aldeia Buriti, pode levar os deputados estaduais a abrir uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para […]
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A denúncia feita pelo presidente da Associação Estadual dos Direitos das Comunidades Indígenas do Mato Grosso do Sul, Danilo de Oliveira, da tribuna da Assembleia Legislativa no dia 13 de novembro, segundo o qual haveria armamento pesado escondido na Aldeia Buriti, pode levar os deputados estaduais a abrir uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar o caso. O requerimento foi entregue à Mesa Diretora da Assembleia Legislativa nesta quarta-feira (28) pelo deputado Marcio Monteiro (PSDB).
“Isso nos preocupa porque estamos em uma campanha imensa, para que a gente possa estar conciliando de uma forma pacífica os interesses indígenas e dos produtores e, entendemos, que uma atitude dessa forma pode colocar em risco tudo aquilo que as autoridades vêm buscando” disse o deputado.
O requerimento já tem apoio de 12 parlamentares, mais do que necessário para a instauração da CPI. Cabe à Mesa Diretora analisar o pedido e, havendo procedência, determinar a abertura da Comissão.
Em junho a justiça determinou a desocupação de 17 mil hectares localizados entre os municípios de Sidrolândia e Dois Irmãos do Buriti, que estão ocupados pelos índios, e sua devolução aos produtores rurais. Em agosto, equipes da Polícia Federal e da Cigcoe (Companhia Independente de Gerenciamento de Crises e Operações Especiais) estiveram na Aldeia Buriti, em Dois Irmãos do Buriti, cumprindo 14 mandados de busca e apreensão, expedidos pela Justiça Federal, por porte ilegal de arma e outros ilícitos encontrados no local. Seis lideranças indígenas foram detidas e depois liberadas. Até o momento não foi revelado o resultado da operação.
“Essa questão só veio agravar (o conflito por terra em MS). Já estamos em alerta com alguns pontos tencionados, principalmente na região de Iguatemi e Paranhos, e agora mais essa denúncia de que há armamento pesado nos preocupa. Queremos evitar invasões e confrontos”, ponderou Marcio Monteiro.
“Vamos buscar esclarecimentos e por meio da Polícia Federal saber que ações estão realizando, ouvir os indígenas que denunciaram e os que foram denunciados de forma mais detalhada e buscar nos órgãos competentes uma ação mais efetiva para esclarecer os fatos”, concluiu.
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