Delegada acredita que assassinato de irmãos foi premeditado por adolescente

Durante o depoimento, os pais relataram casos de implicância do adolescente com os irmãos, na véspera do crime

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Durante o depoimento, os pais relataram casos de implicância do adolescente com os irmãos, na véspera do crime

Na manhã desta terça-feira (10) a delegada Maria de Lourdes Cano ouviu o depoimento dos pais do adolescente que matou os irmãos no último sábado, no bairro Moreninhas, em Campo Grande.

De acordo com a delegada, com o depoimento dos pais, é possível acreditar que adolescente havia premeditado o crime e com a oitiva dele, que deve ser realizada ainda hoje, o caso deve ser elucidado.

Bastante abalados, os pais contaram que nos últimos dias, o filho estava agressivo com os irmãos, mas ninguém soube informar os motivos. Além disso, o adolescente passou a implicar com os irmãos.

Segundo os depoimentos, o filho era muito bem tratado e eles procuravam dar mais do que o adolescente queria.

Reforma

A janela do quarto estava sendo reformada e habitualmente permanecia com cadeado, justamente por causa da arma, que era guardada no local.

Para a delegada, o adolescente aproveitou um descuido dos funcionários que deixqram a janela aberta, entrou no quarto, pegou a arma e em seguida deu o tiro à queima roupa no irmão, que estava dormindo e depois matou a irmã. A delegada ressaltou que o tiro foi bem próximo.

De acordo com a delegada, o pai disse no depoimento que o adolescente não sabia manusear a arma e que ele não tinha conhecimento de que seu filho já teria pego em arma, mas que sabia da existência da mesma na casa.

Depoimentos

Ainda na manhã desta terça-feira, serão ouvidas de 3 a 4 testemunhas e depois o próprio adolescente, que já se encontra na Deaij (Delegacia especializada em atendimento da infância e juventude).

A delegada enfocou que muitas informações são contraditórias, mas que devem ser esclarecidas com o depoimento do adolescente.

Implicância

Durante o depoimento dos pais eles afirmaram que no dia anterior ao crime a filha estava no computador e o adolescente puxa o fio do equipamento. Os pais falaram deste desentendimento, mas não entendem as razões.

Para a delegada o fato de o adolescente ser adotivo não interfere no caso. “Não podemos generalizar, senão outros filhos adotivos vão achar que podem cometer crimes”, enfocou.

Maria de Lourdes destacou que toda a perícia na casa já foi realizada e a reconstituição do crime ainda pode ser realizada. No entanto, a delegada pretende evitar pelo fato da família estar muito abalada.

Acusação

O adolescente deve responder por duplo homicídio triplamente qualificado, por motivo fútil, torpe e traição, ou emboscada.

Já o pai, apesar da perda dos dois filhos, que é uma grande punição, segundo a delegada, terá que responder por omissão de cautela.

A delegada Maria de Lourdes acredita que com a oitiva do menino o caso seja concluído.

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