Copom espera que taxa básica de juros se aproxime de 8,75% ao ano

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) avalia que existe a possibilidade de a taxa básica de juros ser reduzida a patamares considerados ligeiramente acima do mínimo histórico (8,75%). Segundo a ata da última reunião do Copom, ocorrida na semana passada, os técnicos, ao considerarem as projeções de inflação e os riscos […]

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O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) avalia que existe a possibilidade de a taxa básica de juros ser reduzida a patamares considerados ligeiramente acima do mínimo histórico (8,75%). Segundo a ata da última reunião do Copom, ocorrida na semana passada, os técnicos, ao considerarem as projeções de inflação e os riscos associados à economia brasileira, terminaram atribuindo “elevada probabilidade à concretização de um cenário que contempla a taxa Selic se deslocando para patamares ligeiramente acima dos mínimos históricos, e nesses patamares se estabilizando”.

Na última reunião, o Copom reduziu a taxa básica de juros (Selic) em 0,75 ponto percentual. A taxa baixou de 10,5% para 9,75% ao ano, diferentemente do que até então esperava a maioria dos analistas financeiros – queda de 0,5 ponto percentual. A redução, porém, não foi unânime, com cinco diretores a favor da redução de 0,75 ponto percentual e dois a favor de 0,5.

Para os integrantes do comitê, ocorreram mudanças estruturais significativas na economia brasileira que determinaram recuo nas taxas de juros em geral, e, em particular, na taxa neutra [permite crescimento da economia, sem pressões inflacionárias]. Outros fatores seriam a “redução dos prêmios de risco, consequência direta do cumprimento da meta de inflação pelo oitavo ano consecutivo, da estabilidade macroeconômica e de avanços institucionais”, destacam os técnicos.

Além disso, reforça a ata, o processo de redução dos juros foi favorecido por mudanças na estrutura dos mercados financeiros e de capitais, pelo aprofundamento do mercado de crédito bem como pela geração de superávits primários consistentes com a manutenção de tendência decrescente para a relação entre dívida pública e Produto Interno Bruto (PIB).

Para o Copom, as mudanças devem continuar, “embora, em virtude dos próprios ciclos econômicos, reversões pontuais e temporárias possam ocorrer”.

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