Com R$ 30, brasileiros criam rede social de moda e entram no rol dos mais criativos

Com um investimento inicial de apenas R$ 30 por mês para hospedar o site, Flávio Pripas, 35, e Renato Steinberg, 33, criaram a maior rede social de moda do país. O site Fashion.me hoje agrega mais de 1 milhão de usuários ativos no Brasil e a empresa tenta ultrapassar a fronteira e chegar aos Estados […]

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Com um investimento inicial de apenas R$ 30 por mês para hospedar o site, Flávio Pripas, 35, e Renato Steinberg, 33, criaram a maior rede social de moda do país. O site Fashion.me hoje agrega mais de 1 milhão de usuários ativos no Brasil e a empresa tenta ultrapassar a fronteira e chegar aos Estados Unidos e à Europa.

Pelo feito, eles foram citados na lista dos cem empresários mais criativos do mundo, da revista americana “Fast Company”, na 54ª colocação. Também aparecem na relação o brasileiro Lourenço Bustani, 32, sócio-fundador da Mandalah, consultoria de inovação em sustentabilidade, em 48º lugar, e a diretora da Alpargatas (Havaianas), Carla Schmitzberger, em 97º.

No início, o negócio era apenas um hobby. Os sócios, que fizeram carreira na área de TI, queriam aplicar o conhecimento técnico em um site de moda, do qual suas esposas tomariam conta. Nascia a rede com nome de byMK.

Segundo Pripas, a parte mais difícil e trabalhosa seria manter a página com conteúdo atualizado. Para suprir a necessidade, eles criaram uma ferramenta em que o próprio usuário poderia postar suas combinações de roupas, looks, dar dicas e fazer comentários.

“O número de visitas era crescente. Percebemos, então, que as pessoas precisavam de um ambiente para conversar sobre moda. E por que não sermos nós este espaço?”, declara.

Oportunidades estão abertas para redes sociais de nicho


Um ano depois de criar a rede social, os sócios tiveram de abandonar seus empregos fixos para se dedicar ao negócio. A partir daí, os investimentos aumentaram. Foram gastos R$ 200 mil, de acordo com Pripas.

O empresário afirma que a falta de redes sociais de nicho foi o que impulsionou o crescimento da empresa. “Elas permitem um aprofundamento de temas que o Facebook e o Twitter, por exemplo, não permitem. Neste segmento, só temos o LinkedIn, para o ambiente corporativo.”

Segundo Pripas, é justamente nas redes sociais de nicho que estão as melhores oportunidades de negócios na área. “O Facebook está muito consolidado e não deve perder espaço nos próximos cinco anos, pelo menos. Se alguém pensar em algo específico, tem mais chance de sucesso”, diz.

A empresa só mudou o nome para Fashion.me em outubro de 2011, pouco antes de receber um investimento da Intel Capital, uma das instituições mais reconhecidas na área de tecnologia. Por conta de um acordo entre as partes, o valor do aporte e o faturamento da empresa não foram divulgados.

 

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