A economia brasileira cresceu 0,4 por cento no segundo trimestre deste ano comparado com os primeiros três meses do ano puxada pelo setor de serviços e o consumo, além da forte alta da agricultura, mas ainda limitada pela queda dos investimentos e pelo recuo da indústria.

Embora seja o melhor resultado trimestral em um ano, o Produto Interno Bruto (PIB) do período mostrou uma recuperação ainda bastante tímida da atividade.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, e o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, disseram que o resultado mostra a recuperação gradual da atividade baseado na demanda interna.

“É resultado bom em relação ao primeiro trimestre, não é excepcional, mas é o prenúncio de resultados melhores que virão no segundo semestre”, disse o ministro da Fazenda.

As reações iniciais de analistas indicam que a recuperação deve ganhar fôlego daqui para frente por conta, principalmente, das fortes medidas de estímulo já tomadas pelo governo. Mas essa aceleração não deve levar a um crescimento de mais de 2 por cento neste ano.

“A economia está se recuperando, mas é algo gradual. A surpresa no resultado do segundo trimestre foi a queda no investimento, achávamos que viria um número positivo e isso mostra uma situação pior”, afirmou a economista do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) Maria Sílvia Matos, para quem o crescimento no ano será de apenas 1,5 por cento.

Em relação ao segundo trimestre de 2011, o PIB do país cresceu 0,5 por cento, segundo informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira. Na comparação anual, é o pior resultado desde o terceiro trimestre de 2009, quando houve queda de 1,5 por cento.

Pesquisa Reuters indicava crescimento de 0,5 por cento na comparação trimestral e, na medida anual, apontava para uma expansão de 0,7 por cento. As projeções variaram de 0,2 a 0,8 por cento para o crescimento trimestral e 0,4 a 1,6 por cento para o anual.