Artistas e estudantes se reúnem na Praça Ary Coelho por índios Guarani Kaiowá
Um ato em defesa dos povos Guarani Kaiowá, teve início nesta sexta-feira (9), na Praça Ary Coelho, em Campo Grande. Artistas, estudantes e empresários, criadores do movimento ‘Coletivo Terra Vermelha’, promoveram a manifestação que segue durante todo o dia e que terá seu auge às 17h, com na leitura de um manifesto, fala de caciques […]
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Um ato em defesa dos povos Guarani Kaiowá, teve início nesta sexta-feira (9), na Praça Ary Coelho, em Campo Grande. Artistas, estudantes e empresários, criadores do movimento ‘Coletivo Terra Vermelha’, promoveram a manifestação que segue durante todo o dia e que terá seu auge às 17h, com na leitura de um manifesto, fala de caciques de várias tribos e pajelança.
O ato está previsto para ser realizado simultaneamente em 51 cidades do país em defesa dos povos indígenas.
Uma das artistas responsáveis pela mobilização, e que preferiu não se identificar, considera que o movimento nasceu a partir de uma manifestação social e que por isso não há um responsável apenas.
Ela explica que o Coletivo Terra Vermelha pretende se articular de forma a melhorar a representação pela causa indígena e que em menos de duas semanas, quase três mil pessoas se manifestaram a favor da mobilização Guarani Kaiowá pelo Facebook.
Várias telas em branco foram disponibilizadas na praça para que artistas manifestem suas expressões. Um grupo de jovens escreve mensagens em feijões de apoio à causa, para que possam encher um recipiente em e vendê-los para doar o valor arrecado a entidades que colaboram com os guaranis-kaiowá.
De acordo com um dos artistas, as obras desenvolvidas durante todo o dia de hoje serão apresentadas posteriormente em uma exposição.
O líder indígena Emidio Solano Lopes relata que as etnias são perseguidas no Estado e só querem a terra que seus descendentes sempre viveram para que possam plantar e sobreviver. Em seu discurso, ele disse que 167 famílias se manifestarão pela demarcação das terras em Iguatemi e pede segurança.
“Nós não temos armas pra enfrentar os brancos. Eles não têm que ter medo do índio, pois não temos dinheiro pra comprar armas. O objetivo não é prejudicar o fazendeiro, queremos apenas o nosso território.”.
Breno Barros, um dos artistas que participou do evento, avalia que “Mato Grosso do Sul se torna a ponta da lança pela luta da causa indígena no País”.
O cacique Dionísio Gonçalves, relata que os índios passam muita dificuldade no MS por desconhecerem as leis. “Isso cria dificuldades para lutar. O produtor luta pelo lucro, o índio quer apenas a terra, que é de seus ancestrais, para sobreviver. Nosso povo sofre pela falta de terras e vem o branco e diz que o índio diz que suicida pra chamar atenção. O índio sofre por não ter como sobreviver.”
Colaboração
O grupo afirma que já foram arrecadadas várias toneladas de alimento em todo o país e que estuda uma forma de fazer a distribuição.
Uma conta bancária foi criada para doações. Banco do Brasil – Agência 3496-7, Conta Corrente 33.465-0. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone 9254-1252.
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