Após massacre nos EUA, pastor brasileiro abre portas de igreja

Do lado de fora da casa onde vive, em Bethel, Connecticut (EUA), o pastor evangélico Walcir da Silva podia ver na noite de ontem (14) o estacionamento “quase completamente lotado” da igreja onde trabalha. Mas não por causa do concerto de Natal marcado para as 7h daquela noite, evento cancelado mais cedo, ele acredita que […]

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Do lado de fora da casa onde vive, em Bethel, Connecticut (EUA), o pastor evangélico Walcir da Silva podia ver na noite de ontem (14) o estacionamento “quase completamente lotado” da igreja onde trabalha. Mas não por causa do concerto de Natal marcado para as 7h daquela noite, evento cancelado mais cedo, ele acredita que se deve ao massacre na região.

Em qualquer outro momento, o natural seria que os cerca de 500 lugares disponíveis estivessem praticamente vazios. “Em uma hora dessas, o pessoal encontra nas igrejas um verdadeiro refúgio”, disse o pastor.

Morando há cerca de um ano e meio na comunidade, distante apenas pouco mais de dez quilômetros da escola de Sandy Hook, Newtown, o pastor se diz “impactado com a reação das pessoas à procura de conforto religioso”. Ele acrescentou que o efeito da morte dessas pessoas, entre elas 20 crianças, no vilarejo de Newtown, “foi comparável à de um desastre natural de escala muito maior”.

Walcir destacou que esse impacto na comunidade “é uma crise que vai além do social, não é uma crise comum”, disse ele à BBC Brasil. “É um ato de violência que expõe a fragilidade da sociedade em que vivemos.Uma sociedade em que alguém, de um instante a outro, pode fazer algo assim e causar tanta destruição.”

Depois do massacre, muitas igrejas nas proximidades de Newtown anunciaram vigília de 24 horas para pedir pelas vítimas. O musical que seria apresentado na Igreja Comunitária de Walnut Hill, onde o pastor Walcir se encarrega do ministério da diversidade, fazendo sermões em português, também foi desmarcado.

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