Vídeo em que PM humilha jovem será investigado
A Polícia Militar vai tentar identificar os responsáveis por um vídeo gravado em março de 2009 em que uma pessoa baleada aparece agonizando na rua, enquanto o autor da gravação afirma “estrebucha, filho da p., estrebucha, vai”. As imagens mostram o jovem com espuma escorrendo pela boca. Não é possível identificar o local onde as […]
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A Polícia Militar vai tentar identificar os responsáveis por um vídeo gravado em março de 2009 em que uma pessoa baleada aparece agonizando na rua, enquanto o autor da gravação afirma “estrebucha, filho da p., estrebucha, vai”. As imagens mostram o jovem com espuma escorrendo pela boca. Não é possível identificar o local onde as imagens foram gravadas, mas, ao fundo, pode-se ouvir o som de comunicação entre policiais em viaturas. E uma cena revela que o autor da gravação usa as botas e o cinturão do uniforme da PM.
O vídeo – divulgado ontem pelo Folha.com – mostra ainda um outro jovem detido na mesma operação policial, deitado de bruços no chão. Ao lado dele, há uma mancha de sangue e o autor da gravação pergunta: “Esse ainda não morreu? Deu sorte, hein, meu?”Uma terceira voz completa: “Não morreu o filho da p.”.
O jovem deitado no chão responde que foi “a primeira vez” (que ele cometeu um crime). O PM retruca em tom irônico: “Primeira vez?” E emenda: “Tomara que você morra no caminho”. Depois, acrescenta: “Não vai morrer, não?”
A Secretaria de Segurança Pública (SSP) disse ontem ter sido pega de surpresa pelo vídeo. E o comando da PM primeiro afirmou não ter tido acesso às imagens e depois informou que elas já circulam há dois anos na internet. Já o Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) afirmou que tinha conhecimento do vídeo, mas ainda não sabe como ele foi gravado nem tem a confirmação de que os disparos contra os dois jovens tenham sido feitos por PMs. Os nomes dos baleados também ainda não teriam sido identificados.
Em nota, a Assessoria de Imprensa da SSP disse que o secretário Antônio Ferreira Pinto determinou imediata apuração do caso pelo Comando Geral da Polícia Militar, pela Corregedoria da PM e pelo DHPP.
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