Universitários do Rio batem recorde de medalhas em competição de robótica nos EUA

Um grupo de universitários do Rio de Janeiro acaba de desembarcar no Brasil vindo de uma competição na Califórnia, nos Estados Unidos. Eles foram campeões na Robogames – a Olimpíada Internacional de Robótica. Ganharam dez medalhas em disputas entre robôs de 27 países. Olhando assim eles até parecem estudantes trabalhando em um projeto para uma […]

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Um grupo de universitários do Rio de Janeiro acaba de desembarcar no Brasil vindo de uma competição na Califórnia, nos Estados Unidos. Eles foram campeões na Robogames – a Olimpíada Internacional de Robótica. Ganharam dez medalhas em disputas entre robôs de 27 países.

Olhando assim eles até parecem estudantes trabalhando em um projeto para uma feira de ciências. Mas quando os brinquedinhos que eles produzem entram na arena.

Essa é uma competição realizada nos Estados Unidos. Equipes do mundo inteiro levam seus robôs, que se enfrentam em várias categorias. A que acaba com robôs aos pedaços, é a de combate, claro. Mas há algumas menos violentas. Existe uma que se chama sumô, e vence o robô que empurrar o adversário para fora do circulo.

Detalhe, os robôs nesse caso são autônomos, acham o adversário, empurram, se defendem sozinhos.

“A gente chama de touro porque ele arremessa os adversários para o alto então a gente imagina um touro jogando o adversário pra cima”, explica Marco Antônio Meggiolaro, professor e coordenador de robótica.

“O objetivo é reconhecer o oponente e empurrá-lo para fora da arena. Então, ele possui sensores de ultrassom, para reconhecer os adversários, e os sensores de linha, que reconhecem a borda da arena”, esclarece o estudante Marcos Marzano.

Na competição desse ano, a PUC do Rio bateu um recorde. Ganhou dez medalhas. A equipe RioBot é formada por alunos de cursos de engenharia que descobriram na robótica uma paixão.

“A gente praticamente mora no laboratório, só vai para casa pra dormir, só sai daqui para ir pra aula”, conta a estudante Luiza Filgueiras.

A pilha de carcaças é na verdade o registro da evolução do laboratório. Os robôs vão deixando de ser usados quando os alunos encontram um material mais resistente, um motor mais forte, enfim, criam um projeto mais moderno. E é essa busca que gera o conhecimento que eles vão usar fora da universidade.

“A competição estimula os alunos a pesquisarem, virarem a noite descobrindo componentes novos, aprenderem, e no final eles vão sair daqui formados e vão poder construir qualquer outro tipo de robô”, diz o estudante Alexandre Orniga.

O primeiro projeto já está quase pronto. Um robô de inspeção foi construído para a usina nuclear de Angra.

“Para atuação em salas com alto nível de radiação. Então, vai transmitir dados pra quem está fora da usina, pra saber a situação real de dentro daquelas salas”, Alexandre Orniga, estudante.

E outros projetos vêm pela frente. Com uma garantia para quem se interessar pelo trabalho dos estudantes. As máquinas que eles produzem dificilmente quebram.

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