Trabalhadores dos Correios no MS rejeitam proposta da ECT apresentada no TST e greve continua
Em Assembléia da categoria realizada nesta sexta-feira de manhã (05.10), em Campo Grande, os trabalhadores dos Correios de Mato Grosso do Sul em greve há mais de 21 dias rejeitaram a proposta de acordo encaminhado pela direção em audiência de conciliação no Tribunal Superior do Trabalho. Na oportunidade a Federação Nacional dos Trabalhadores de Empresas […]
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Em Assembléia da categoria realizada nesta sexta-feira de manhã (05.10), em Campo Grande, os trabalhadores dos Correios de Mato Grosso do Sul em greve há mais de 21 dias rejeitaram a proposta de acordo encaminhado pela direção em audiência de conciliação no Tribunal Superior do Trabalho. Na oportunidade a Federação Nacional dos Trabalhadores de Empresas de Correios, Telégrafos e Similares quanto a ECT aceitaram proposta da ministra do TST, Maria Cristina Irigoyen Peduzzi. Todavia, a decisão de acatar depende das assembléia estaduais ocorridas no Estado durante o dia de hoje.
Pela proposta o maior incentivador para que os trabalhadores voltassem à labuta foi o corte de apenas seis dias no ponto da categoria dos 21 dias corridos de braços cruzados. “Não aceitamos em hipótese os descontos dos dias parados, pois tanto o Sindicato quanto a federação ganharam liminares determinando a greve legal e autorizando o pagamento dos cortes”, declarou o presidente do Sintect-MS (Sindicato dos Trabalhadores dos Correios, Telégrafos e Similares), Alexandre Takachi.
O desconto nos salários será feito em meio dia por mês a partir do ano que vem – prolongando os débitos até dezembro. A medida foi proposta pela ministra porque esses dias já tinham sido descontados da folha de setembro; e que a empresa não abriu mão de cortar. Os Correios, então, terão de pagar o salário de setembro de modo integral.
A proposta prevê ganhos reais de R$ 80 – a serem pagos desde 1° de outubro. Já a reposição da inflação, acumulada em 6,87% em um ano, de forma retroativa ao primeiro dia de agosto. A oferta anterior incluía aumento de R$ 50 mensais a partir de 2012.
Na prática, a proposta aponta ganhos reais de 9,9% para quem recebe o piso, hoje em R$ 807, além de repor a inflação. A novidade da rodada de conciliação é a antecipação do pagamento, não mais em janeiro, como previa a última oferta da companhia, antes da decisão de partir para a Justiça.
Em compensação, o adiantamento do salário anulou o abono de R$ 500. Benefício que seria pago de forma imediata antes de ambas as partes decidirem o futuro da negociação na Justiça.
Entre os benefícios oferecidos pelos Correios, está um seguro-medicamento. A ideia é conceder descontos e reembolsos de valores gastos com remédios, além de correção de outros benefícios.
O retorno ao trabalho em todo o País, porém, ainda vai depender do aval dos trabalhadores em assembleias que serão realizadas nos 35 sindicatos às 11h de hoje.
Se 18 votarem pela oferta todos os funcionários retornam ao serviço de forma integral já na quinta-feira, estima Feitoza.
INSATISFAÇÃO
O principal motivador para o começo da paralisação, há 21 dias, era a rejeição da empresa pelos pedidos. A Fentect pedia R$ 400 de aumento linear, mais 6,87% de inflação.
Com sucessivas recusas entre categoria e classe patronal, durante o mês, o pedido foi revisto para R$ 200 em ganho real, mesmo assim negado pela estatal.
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