Prefeitura da Capital diz que vai cortar salário e exonerar agentes de saúde em greve

A Sesau (Secretaria de Saúde de Campo Grande) informou que 208 dos 260 agentes de saúde convocados até agora para dar explicações da greve que teve início no último dia 3 de janeiro, terão o salário do mês de janeiro cortado. Agentes que estão no período de estágio probatório podem ser exonerados.

Segundo o Sintesp (Sindicato dos Trabalhadores em Saúde Pública) apenas 30% dos 900 agentes continuam trabalhando.

A justiça considerou ilegal a representação da greve comandada pelo Sintesp, porém o Tribunal de Justiça estabeleceu multa diária ao sindicato de R$ 25 mil por dia, que hoje já soma R$ 350 mil. O Sindicato afirma que a greve é uma iniciativa dos próprios trabalhadores.

O presidente do Sintesp, Amado Cheikh, protocola um documento nesta manhã na Câmara dos Vereadores para convocar o prefeito Nelsinho Trad para dar explicações em relação às declarações na qual “se referiu aos agentes ofensivamente como levianos”, disse.

Greve

Os trabalhadores que paralisaram os trabalhos no começo do mês reivindicam melhoria nas condições laborais e reajuste salarial, para que a remuneração média passe dos atuais R$ 700 para R$ 2,1 mil. Eles alegam que possuem mais atribuições do que as previstas inicialmente, como manejo de inseticidas e controle de zoonoses.

O prefeito Nelsinho Trad (PMDB) já disse que a concessão desse aumento é impraticável e reiterou que só negocia com a categoria se voltar aos trabalhos.