Agitação nos bastidores da política após a pesquisa do Ibrape/Correio do Estado para as eleições municipais de 2012, em .  Segundo as consultas ao eleitor, o candidato pedetista, Ângelo Chaves Guerreiro, larga na dianteira em relação à atual prefeita, Márcia Moura (PMDB).

De acordo com a publicação, Guerreiro aparece com 64%
das intenções de voto, enquanto Márcia fica com 27%, na preferência do eleitorado
três-lagoense.

Como reação à pesquisa, a vice-governadora, Simone
Tebet (PMDB), afirmou ao jornal que a encomendou que o momento é
oportuno para buscar alianças com outros partidos, inclusive o Partido dos
Trabalhadores (PT). Com isso, a ex-prefeita visa fortalecer a candidatura de
sua sucessora na Prefeitura de Três Lagoas.

Já para Ângelo Guerreiro (PDT), a pesquisa veio para comprovar
o que presencia diariamente pelas ruas.

“O povo tem me procurado para apontar falhas e
pedir solução. As pessoas querem alguém que as represente e não um gestor que,
notadamente, não tem voz de comando. Infelizmente a atual Prefeita parece ser
guiada por alguns secretários municipais e a população percebe isso. Acredito
que essa conduta tem motivado o desejo de mudança por parte dos três-lagoenses”,
afirmou Guerreiro.

Falhas

Um dos pontos assinalados pelo pré-candidato
pedetista como falhas na Administração Municipal é a questão do trânsito na
Cidade.

“Três Lagoas possui uma frota de, aproximadamente,
54 mil veículos. Todos estão sujeitos ao pagamento do Imposto sobre Propriedade
de Veículos Automotores (IPVA). Mesmo com tamanha arrecadação, as ações no trânsito
da Cidade deixam a desejar. Como exemplo, todos sabemos da ocorrência de inúmeros
acidentes e que poderiam ser evitados com medidas simples”.

Entre as questões peemedebistas consideradas problemáticas
por Guerreiro, a falta de valorização dos colegas concorrentes ao pleito 2012 é
o principal erro.

“Eles subestimam nossa capacidade em vencer uma eleição
daqueles que detêm a máquina pública”.

Coligações e
filiações

Guerreiro alegou ainda ser cedo para citar as possíveis
alianças e que as filiações no Partido Democrático Trabalhista (PDT) ocorrerão
naturalmente.

“Se eu sair pelas ruas, faço mais de 400 filiações
por semana, mas o que importa, neste momento, é trabalhar para a população. Sobre
as possíveis coligações, com demais Partidos, não acho oportuno mencionar as
possibilidades, pois qualquer mexida em falso, pode acarretar ofertas de cargos
e assédios para conquistar o apoio, por parte do PMDB. Entretanto, as Agremiações
têm ciência que, quando o PMDB está no poder, só gente deles está à frente dos
cargos de confiança”.

PMDB

Segundo o presidente regional do PMDB em Três
Lagoas, José Paulo Rimoli, a decisão final das possíveis coligações é da Cúpula
Estadual.

“Qualquer futura aliança será decidida pelos
dirigentes estaduais do Partido. Tudo o que fazemos é por subordinação. Eu acho
muito precipitado tomar atitudes drásticas diante uma pesquisa tão distante da época
de Campanha. Isso atrapalha até o candidato que configura na frente, pois ele
pode achar que o quadro é definitivo, enquanto na política tudo pode mudar em
questão de horas”, argumentou Rimoli.

PT

Já na representação do PT em Três Lagoas, o
presidente regional, Nivaldo Gonçalves do Reis, disse que qualquer decisão
sobre possíveis alianças na esfera municipal terá que passar pelo crivo dos
membros do Município.

“No PT as coisas são diferentes. Não adianta
articular nos bastidores estaduais da política pedindo apoio se nós, da base de
Três Lagoas, não concordarmos. Considero essas ações, há mais de um ano para as
eleições, especulações políticas. Somente a partir de abril e maio do ano que
vem que o quadro irá se firmar”, afirmou.

Sobre possível aliança com o PMDB, conforme sugerido
por Simone, Nivaldo é enfático.

“Ainda não sabemos se teremos ou não candidato próprio.
Tudo será decidido na convenção do Partido. Temos nomes no PT à disposição da
população para administrar Três Lagoas. Caso a candidatura própria não ocorra,
só iremos coligar com o candidato que tiver um plano de governo compatível com
as propostas do PT”, finalizou.      

Pesquisa

A pesquisa Ibrape/Correio do Estado foi realizada
no período de 23 a 25 de julho com 332 eleitores. A margem de erro é de 3
pontos percentuais para mais ou para menos. O levantamento foi feito apenas na
Cidade.