Fundos de renda fixa ainda atraem investidor, que foge de ações

Números divulgados nesta quinta-feira pela Anbid (associação que reúne bancos e demais gestores de investimentos) mostram fundos do tipo DI e Renda Fixa continuam a ter a preferência dos investidores brasileiros, que mais uma vez fugiram dos produtos baseados em renda variável. Mesmo os fundos cambiais, que tiveram um desempenho excepcional neste mês (rentabilidade média […]

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Números divulgados nesta quinta-feira pela Anbid (associação que reúne bancos e demais gestores de investimentos) mostram fundos do tipo DI e Renda Fixa continuam a ter a preferência dos investidores brasileiros, que mais uma vez fugiram dos produtos baseados em renda variável.

Mesmo os fundos cambiais, que tiveram um desempenho excepcional neste mês (rentabilidade média de 17,6%), também registraram retiradas mais fortes que as aplicações: segundo a Anbima, a captação líquida para esses produtos foi negativa em R$ 61 milhões no mês passado.

Os fundos baseados em ações, por sua vez, tiveram captação líquida negativa (saques maiores que investimentos) de R$ 139,37 milhões. Decompondo esses números, é interessante notar que os fundos indexados ao índice Ibovespa tiveram captação positiva, ainda que modesta (R$ 7 milhões) no mês, enquanto os chamados fundos “ativos” de Ibovespa (que procuram superar o índice) tiveram resgates maiores do que aplicações por uma diferença de R$ 30,37 milhões.

 Ainda no segmento de maior risco, o investidor fugiu mais uma vez dos chamados fundos multimercados, que misturam aplicações de renda fixa e variável: em setembro, os resgates superaram as aplicações por uma diferença de R$ 8,17 bilhões. RENDA FIXA Parte desse dinheiro pode ter se encaminhado para os fundos mais conservadores.

Os chamados fundos DI (mais sensíveis à evolução da taxa básica de juros) receberam R$ 2,680 bilhões em recursos novos (já descontados os saques) no mês de setembro. Mas o desempenho dos fundos de Renda Fixa (lastreados em títulos prefixados) foi ainda melhor: a captação líquida foi positiva em R$ 3,875 bilhões.

 Em termos de rentabilidade, essas duas famílias de fundos proporcionaram ganhos muito parecidos (0,96% para o primeiro, 1,01% para o segundo) no mês passado. Mas no ano, os fundos de Renda Fixa ganham distância, com retornos de 9,34% contra 8,86% dos fundos DI.

Esses números são brutos, e não consideram o impacto de taxas de administração, por exemplo. As preferências dos investidores ficam ainda mais claras quando se considera a perspectiva anual. Em nove meses, os fundos DI captaram R$ 6,48 bilhões, contra R$ 58,98 bilhões dos fundos Renda Fixa.

Já no caso dos fundos multimercados, saíram R$ 39,53 bilhões, enquanto os fundos cambiais tiveram uma modesta captação de R$ 16 milhões. Enquanto isso, os fundos baseados em ações encolheram R$ 933 milhões. POUPANÇA Os depósitos na caderneta de poupança superaram os saques em R$ 4,18 bilhões em setembro, segundo o Banco Central.

O valor é quase o dobro do verificado no mês anterior. Esse é o terceiro mês seguido em que essa aplicação registra saldo positivo. No ano, a poupança captou R$ 9,5 bilhões, menos da metade do verificado no mesmo período do ano passado (R$ 25,7 bilhões).

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