Foi um crime encomendado, diz primo de juíza assassinada no RJ
A juíza Patrícia Acioli, assassinada na madrugada desta sexta-feira (12) em Niterói, na Região Metropolitana do Rio, era considerada uma profissional ‘linha dura’. Para o primo da vítima, Humberto Nascimento, não há dúvidas que se trata de uma execução. “A Patrícia recebia ameaça. Há pelo menos 5 anos ela vinha sendo ameaçada. Ela era considerada […]
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A juíza Patrícia Acioli, assassinada na madrugada desta sexta-feira (12) em Niterói, na Região Metropolitana do Rio, era considerada uma profissional ‘linha dura’. Para o primo da vítima, Humberto Nascimento, não há dúvidas que se trata de uma execução.
“A Patrícia recebia ameaça. Há pelo menos 5 anos ela vinha sendo ameaçada. Ela era considerada uma juíza linha dura, martelo pesado que chama, com condenação sempre na pena máxima. Ela tava assim tão despreocupada que o carro dela não é blindado, (a casa) também não tem portão eletrônico, quer dizer ela iria sair do carro de qualquer maneira para abrir. Então já era uma coisa encomendada, foi coisa de profissional”, diz o primo da vítima, Humberto Nascimento.
Patrícia foi morta quando chegava em casa, em Niterói. Seu carro foi atingido com pelo menos 16 tiros. Os disparos teriam sido feitos por criminosos em dois carros e duas motos. O grupo fugiu. O veículo passa por perícia na Divisão de Homicídios (DH), na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, que está à frente das investigações.
Marido é ouvido
De acordo com a DH, o marido de Patrícia, que é policial militar, está depondo. Ele não estaria em casa na hora do crime, mas ajudaria com informações sobre a rotina da juíza. Uma equipe da DH foi até a 4ª Vara de São Gonçalo, onde Patricia trabalhava, enquanto outros agentes estão na casa da juíza, em Niterói.
A polícia também analisa imagens das câmeras de segurança do condomínio para onde a vítima havia se mudado havia três meses.
Patrícia era conhecida por atuar com rigor contra grupos de extermínio que agem em São Gonçalo. Na lista de condenações há casos contra milícias e máfias dos combustíveis e dos transportes alternativos.
Ameaça de morte
Familiares disseram que a vítima, de 47 anos, não tinha segurança e já tinha recebido, pelo menos, quatro ameaças de morte. Ela deixa três filhos.
O Tribunal de Justiça do Rio marcou uma coletiva às 11h desta sexta para falar sobre o caso.
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