Direção da Santa Casa diz que não tem dinheiro para realizar ajuste salarial

O diretor administrativo da Junta Interventora da Santa Casa, Danilo Leon, concedeu na tarde desta quarta-feira (3) uma entrevista coletiva para informar que o Hospital não tem condições de arcar com os pedidos do Siems (Sindicato dos Profissionais de Enfermagem de Mato Grosso do Sul).

Para o diretor, não há condições de o Hospital arcar com as cláusulas de assistência de saúde aos genitores, auxílio creche para as mães do período noturno e gratificação para os técnicos de enfermagem, que tenham feito algum aperfeiçoamento, além do aumento salarial de 10%.

Segundo Danilo, com um aumento salarial de 6,3% o custo da Santa Casa seria de R$ 117 mil por mês. Já com o aumento de 10%, pedido pelo sindicato, custaria em torno de R$ 665 mil por mês. Com esse aumento, a folha salarial de enfermagem custaria R$ 2,5 milhões, aumento de 30% do valor, que hoje é de R$ 1,856 milhões.

O Siems e a Junta farão na sexta-feira (5) uma reunião onde será discutido um possível acordo, caso contrário os enfermeiros entrarão em greve.

No CTI (Centro de Terapia Intensiva), Pronto Socorro e Centro Cirúrgico, 50% do quadro estão trabalhando enquanto em outros setores, 30%. Por turno trabalham em torno de 200 funcionários.

A Santa Casa de Campo Grande tem aproximadamente 850 profissionais, onde 50 estão afastados, na sua maioria por problemas de saúde. O salário de um técnico de enfermagem é de R$ 798, do auxiliar R$ 745 e de um enfermeiro R$ 2.225.