Criação de postos de trabalho tem pior setembro desde 2006
O Brasil registrou a criação de 209.078 vagas com carteira assinada em setembro, o menor número para o mês desde 2006, quando o país criou 176.735 postos de trabalho formais. Os dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) foram divulgados nesta terça-feira (18) pelo Ministério do Trabalho. Esse resultado é 15,3% menor do […]
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O Brasil registrou a criação de 209.078 vagas com carteira assinada em setembro, o menor número para o mês desde 2006, quando o país criou 176.735 postos de trabalho formais. Os dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) foram divulgados nesta terça-feira (18) pelo Ministério do Trabalho.
Esse resultado é 15,3% menor do que o verificado no mesmo mês do ano passado, quando foram gerados 246.875 postos de trabalho. Na comparação com agosto, o número representa alta de 0,56%. O resultado é decorrente da contratação de 1,763 milhão de pessoas e da demissão de 1,553 milhão de trabalhadores. “Essa redução ocorreu por causa do mau momento da indústria de transformação, que perdeu 30 mil vagas em 2011”, afirmou o ministro do Trabalho, Carlos Lupi. “Esse número não nos preocupa, pois estamos em meio a uma crise internacional.
Apesar de ser abaixo da média, o número de setembro é robusto, um pouco maior que agosto.” Os principais setores responsáveis pelo desempenho foram o de serviços (91.744 postos de trabalho gerados), comércio (42.373), indústria de transformação (66.269) e construção civil (24.977). O ministro defendeu a continuidade da queda da taxa de juros básica da economia, a Selic, na reunião desta semana.
“Eu pago um preço alto porque tenho opiniões diferentes. Continuo achando que o comportamento do Copom [Comitê de Política Monetária do Banco Central] é o correto. A taxa de juros é muito alta, e cada vez favorece mais o capital especulativo. Defendo que a Selic caia, para que se invista na produção”, afirmou Lupi.
O ânimo do ministro do Trabalho vem diminuindo desde agosto, quando, com a queda na geração de vagas, foi possível ver que o governo não bateria a meta prometida no início do ano, de geração de 3 milhões vagas –muito além da expectativa de órgão dos próprio governo, como o Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) e IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), e de economistas.
O consenso do mercado para a geração de empregos neste ano sempre girou em torno de 2 milhões de vagas. Em setembro, Lupi explicou que a geração mensal de vagas ocorria num ritmo menor no segundo semestre devido a uma desaceleração da economia e da forte entrada de produtos importados, “que está prejudicando as contratações na indústria”.
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