Começa o horário de verão, com meta equivalente ao consumo de Ponta Porã
Em onze estados e no DF, os relógios devem ser adiantados em uma hora a partir da zero hora deste domingo. A iniciativa tem o objetivo de proporcionar o melhor aproveitamento da luz natural, reduzindo o consumo de energia entre as 18h e as 20h.
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Em onze estados e no DF, os relógios devem ser adiantados em uma hora a partir da zero hora deste domingo. A iniciativa tem o objetivo de proporcionar o melhor aproveitamento da luz natural, reduzindo o consumo de energia entre as 18h e as 20h.
O horário de verão começa à meia-noite deste sábado (15), zero hora de domingo (16). Com isso, milhões de brasileiros que vivem em dez estados das regiões Centro-Oeste, Sul e Sudeste, além da Bahia e do Distrito Federal, terão que adiantar em uma hora os relógios.
Aplicada pela 41ª vez desde sua criação, em 1931, a iniciativa tem o objetivo de proporcionar o melhor aproveitamento da luz natural, reduzindo o consumo de energia entre as 18h e as 20h. Segundo o Ministério de Minas e Energia, a desconcentração da demanda reduz o risco de problemas nas linhas de transmissão, nas subestações e no sistema de distribuição que poderiam afetar o fornecimento de energia elétrica.
Serão 133 dias de horário especial, período em que os dias têm maior duração por causa da posição da terra em relação ao sol, e a luminosidade natural pode ser mais bem utilizada. Isso proporciona uma redução na demanda máxima do sistema elétrico em função do deslocamento do pico de carga para além do habitual. Esse procedimento alivia o carregamento dos sistemas de transmissão e distribuição de eletricidade, principalmente nas regiões Sul e Sudeste, onde o consumo de energia é mais acentuado nesta época do ano.
Segundo o secretário de Energia Elétrica do Ministério de Minas e Energia, Ildo Grüdtner, a expectativa do governo federal é que haja uma redução entre 4,5% e 5% da demanda de energia no horário de pico, entre o fim da tarde e o início da noite. Em 2010, a economia foi de 4,4%.
Nos últimos dez anos, a medida possibilitou uma redução média de 4,6% na demanda por energia no horário de maior consumo. Isso significa que, no horário de maior pico, deixaram de ser consumidos cerca de 2 mil megawatts anuais, ou duas vezes a carga no horário de pico da cidade de Belo Horizonte ou 75% da demanda em Curitiba.
Em Mato Grosso do sul, a meta é economizar 9.959 MWH. Esse é o total estimado para toda a área de concessão da Enersul, que inclui 73 dos 78 municípios de Mato Grosso do Sul.
De acordo com informações da concessionária, esse volume equivale ao consumo de um mês da cidade de Ponta Porã, que tem a quinta maior população do estado. Segundo dados do IBGE, Ponta Porã tem hoje 79.173 habitantes, um número equivalente a 10% da população da capital, Campo Grande.
Em toda a região Sudeste / Centro Oeste, a expectativa de redução de demanda no horário de ponta, que ocorre entre 17h e 22h, é da ordem de 4,6%, o que para o sistema da Enersul equivale à demanda no horário de ponta das cidades de Aquidauana e Bonito.
Mais longo
Desta vez, devido ao carnaval de 2012, o horário de verão vai se estender até 26 de fevereiro de 2012, totalizando uma semana a mais que nos últimos anos. O motivo é que o terceiro domingo de fevereiro do ano que vem, quando os relógios deveriam ser atrasados em uma hora, será feriado de carnaval. Pelo Decreto nº 6.558, que regulamenta a medida, quando a data coincide com o feriado do carnaval, o encerramento é adiado para o domingo seguinte.
Histórico
Segundo alguns estudos, este horário especial foi criado em 1784, nos Estados Unidos, por Benjamim Franklin. Naquela época, Franklin percebeu que, durante alguns meses do ano, o sol nascia antes mesmo das pessoas se levantarem. Então, se os relógios fossem adiantados em uma hora naquele período, poderiam aproveitar melhor a luz do dia ao entardecer, economizando grande número de velas, já que, naquele tempo, ainda não existia luz elétrica. Apesar dos esforços de seu idealizador, foi somente durante a Primeira Guerra Mundial, de 1916, que esta idéia recebeu aceitação. A Alemanha, em vista da necessidade de economizar energia por causa da Guerra, resolveu adotar o procedimento do horário de verão.
No Brasil, o horário especial foi instituído pela primeira vez no verão de 1931/1932, pelo então Presidente Getúlio Vargas. Na sua versão de estréia, assim como na reedição da medida no verão seguinte, a duração foi de quase meio ano. Posteriormente, a adoção da medida foi retomada em períodos alternados, nos anos de 1949 até 1953, de 1963 até 1968, e, nos tempos atuais, a partir de 1985. Desde 2008, vigora o Decreto 6.558, que regulamenta o ajuste dos ponteiros do relógio. O horário de verão tem sido um valioso instrumento de uso eficiente e racional da energia elétrica, e tem ajudado o país a garantir a sua oferta de forma mais contínua e segura.
Economia nacional
A economia que a medida deve trazer para o país pode variar entre R$ 75 milhões e R$ 100 milhões, segundo estimativa do NOS (Operador nacional do Sistema), órgão responsável pela operação do sistema elétrico nacional. No verão 2010/2011, o horário de verão gerou uma economia de R$ 30 milhões ao sistema elétrico.
Se não houvesse o horário de verão, o aumento da demanda por energia elétrica durante o verão poderia custar um investimento de R$ 3,8 bilhões para a expansão da capacidade instalada, de acordo com o ONS.
O cálculo foi estimado com base no custo de implantação de uma usina térmica a gás de ciclo combinado. Para minimizar os efeitos do crescimento excessivo do consumo de energia no período.
(Com Agência Brasil e Enersul)
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