Com sertanejo universitário, compositores de Mato Grosso do Sul viram referência nacional
Compositores, se bem sucedidos, ganham de R$ 200 a R$ 300 mil anuais; aqui em MS o mercado da música sertaneja cresce a cada dia: são cerca de 2 mil músicos, compositores e intérpretes cadastrados regularmente.
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Compositores, se bem sucedidos, ganham de R$ 200 a R$ 300 mil anuais; aqui em MS o mercado da música sertaneja cresce a cada dia: são cerca de 2 mil músicos, compositores e intérpretes cadastrados regularmente.
Luan Santana, João Bosco e Vinícius, Munhoz e Mariano, Michel Teló e tantos outros. Mato Grosso do Sul é hoje referência e celeiro do sertanejo universitário brasileiro. Com a invasão de nossos músicos no mercado, outro grande personagem regional vem se destacando: o compositor.
“Pessoas de todo país estão vindo para MS procurar nossos compositores, esses profissionais regionais são referência no país no sertanejo, e não só no universitário”, comenta Marcos Roker, membro da União Brasileira dos Compositores e dono de uma editora vinculada à instituição, que registra os compositores estaduais.
Grande parte do reconhecimento dos autores regionais veio junto com a onda do sertanejo universitário. A maioria das músicas cantadas pelos artistas citados no início da matéria foi escrita por pessoas aqui da região.
Com o reconhecimento aumenta também a renda dos compositores. “Um cara que tem músicas cantadas por todo Brasil acaba ganhando 200, até 300 mil reais por ano. Mas isso é raro, a maioria ainda tenta sobreviver com seu talento”, afirma Roker.
Hoje são cerca de 2 mil músicos, compositores e intérpretes cadastrados regularmente em Mato Grosso do Sul.
Distribuição
Todo direitos autorais de músicos e compositores é pago pelo Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (ECAD). Na teoria toda vez que uma música é tocada na rádio ou evento, festa e etc., o compositor recebe um valor em dinheiro. Porém na prática, as coisas são diferentes.
“A arrecadação e a distribuição realizada pelo Ecad é falha. Não existe equipe, estrutura para uma arrecadação completa, por isso eles costumam ir só nos eventos maiores. E na distribuição, infelizmente, a maioria do dinheiro acaba indo para os artistas e compositores mais famosos, não é totalmente certo”, afirmou Marcos Roker.
Airo
Roker ainda comentou sobre a morte do cantor e compositor Airo Garcia Barcellos, falecido último dia 24 de dezembro, no Hospital Regional de Campo Grande, onde estava internado.
“Foi uma perda muito grande para a música sul-mato-grossense. Eu conhecia o Airo faz mais de 10 anos, éramos realmente amigos. A morte dele mostrou para todos nós da área como a música e o sucesso devem estar em harmonia com um equilíbrio pessoal, foi uma perda muito grande”, lamentou Marcos Roker.
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