Profissionais da saúde são orientados sobre diminuição de infecção

A simples ação de lavar as mãos com água e sabão e usar luvas de látex para realização de procedimentos pode diminuir os índices de infecção hospitalar nas unidades de saúde. Nos hospitais com alto nível de complexidade, como os especializados em transplante de órgãos e no tratamento de câncer, o número de casos de […]

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A simples ação de lavar as mãos com água e sabão e usar luvas de látex para realização de procedimentos pode diminuir os índices de infecção hospitalar nas unidades de saúde. Nos hospitais com alto nível de complexidade, como os especializados em transplante de órgãos e no tratamento de câncer, o número de casos de infecção hospitalar de pacientes é mais elevado. Nos Centros de Terapia Intensiva (CTI) a probabilidade de contrair algum tipo de doença é ainda maior. No Brasil o índice de infecção hospitalar é de 15% entre os hospitais da rede pública e particular.

A sensibilização dos profissionais de saúde sobre a necessidade de adotar protocolos de procedimentos e desenvolverem disciplina consciente para realização das ações diárias é fator preponderante para a diminuição dos casos, segundo Rodrigo Nascimento Coêlho da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar do Hospital Regional de Mato Grosso do Sul (HRMS).

Além da assepsia das mãos e o uso de luvas, o profissional também deve estar atento ao preparo da medicação, limpeza e higienização de todos os materiais utilizados. Para Rodrigo Nascimento todos os profissionais, principalmente o corpo de enfermagem, por estar em maior contato com o paciente, tem a responsabilidade de minimizar os efeitos da infecção hospitalar. Segundo ele o maior desafio é para o sistema público de saúde em razão da grande demanda e pela falta de profissionais treinados.

Para o aprimoramento dos técnicos, auxiliares e enfermeiros de hospitais em todo o Estado o HR promove a I Jornada de Epidemiologia e Controle da Infecção Hospitalar para Enfermagem promovida pelo HR, com início hoje (7) pela manhã. Nas palestras será abordado “o que há de mais moderno no controle da infecção hospitalar”, explica o diretor-presidente do HR, Ronaldo Queiroz. Conforme Queiroz, as medidas adotadas pelo HR contribuíram para a diminuição dos índices de infecção nos últimos dez meses e a intenção é disseminar o conhecimento aos profissionais que atuam nos municípios.

Quanto aos procedimentos corretos a enfermeira Franciane Amorim da Silva acredita que “todos sabem, mas nem todos fazem”. Segundo ela os profissionais que trabalham no CTI e nas unidades neo natal se preocupam mais, mas a rotina faz com que outros esqueçam o que deve ser feito. “Alguns acham que só colocar a luva resolve, mas não resolve”, exemplifica a enfermeira.

“Nós nos formamos com conhecimento amplo e se aprofundar em algumas questões é importante”, justifica Deisiele Oliveira, enfermeira do hospital da Cassems em Dourados. Ela participa da jornada com outras duas colegas de trabalho e diz que vai repassar o que está aprendendo com os colegas que não puderam vir.

Jornada

A I Jornada de Epidemiologia e Controle da Infecção Hospitalar para Enfermagem acontece hoje (7) e amanhã (8) com continuação nos dias 18 e 19 deste mês, na Escola de Saúde Pública do Estado, em Campo Grande. As palestras realizadas hoje (7) abordam a história, a enfermagem e o controle da infecção hospitalar, preparo de medicação, medidas de precaução e isolamento; infecções em pacientes imunocomprometidos.

Amanhã (8) os temas discutidos serão curativos e coberturas, prevenção das infecções vasculares e o acesso venoso; controle de infecção em diálise e hemodiálise; microbiologia das infecções hospitalares e resistência bacteriana.

Nos dois últimos dias do evento os assuntos abordados serão higienização das mãos, prevenção das infecções de sítio cirúrgico, NR 32 e saúde ocupacional, investigação de surtos, métodos de esterilização, limpeza e desinfecção; doenças de notificação compulsória, prevenção das infecções urinárias e sondagem vesical.

Os palestrantes são médicos e enfermeiros dos hospitais Regional, Pênfigo e Universitário (HU), Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) e Unimed. Participam do evento cerca de 200 profissionais de 32 municípios do Estado.

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