Produção de veículos fecha semestre com alta de 19% e bate recorde
A produção nacional de veículos (automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus) fechou o primeiro semestre do ano com crescimento de 19,1% em relação ao mesmo período de 2009, mostram números da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), divulgados nesta segunda-feira (12). O número de unidades fabricadas é recorde para o período: 1.753.201. A […]
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A produção nacional de veículos (automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus) fechou o primeiro semestre do ano com crescimento de 19,1% em relação ao mesmo período de 2009, mostram números da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), divulgados nesta segunda-feira (12).
O número de unidades fabricadas é recorde para o período: 1.753.201. A melhor marca anterior era do primeiro semestre de 2008, com 1,68 milhão de unidades. Entre janeiro e junho de 2009, foram produzidos 1,47 milhão de veículos.
Na comparação mensal, em junho foram fabricadas 306.350 unidades contra 322.547 em maio— queda de 5%. Apesar do resultado, o nível de produção de junho está acima do patamar de 300 mil unidades, o que é considerado positivo pela indústria. Em relação a junho de 2009, houve aumento de 7,7%.
“As montadoras tiveram de renovar os estoques e houve aumento nas exportações”, diz o presidente da Anfavea, Cledorvino Belini, sobre o aumento semestral da produção.
Na comparação mensal, o segmento de automóveis e comerciais leves registrou número 5,5% menor em junho, com 285.840 unidades fabricadas. O segmento de caminhões teve alta de 2,6%, para 16.166 unidades. Já o de ônibus teve crescimento de 0,5%, com 4.344 unidades produzidas.
No semestre, o segmento de automóveis e comerciais leves teve alta de 17% (1.639.998 unidades fabricadas), o de caminhões, de 66,8% (89.548), e o de ônibus, 42,3% (23.655).
Exportações sobem
Apesar da recuperação paulatina, as exportações seguem em crescimento, por causa da retomada de mercados externos tradicionalmente compradores de veículos brasileiros, como México, Argentina e Grupo Andino. Segundo a Anfavea, as vendas externas em valores subiram 62,3% no semestre, de US$ 3,53 bilhões de janeiro a junho de 2009 para US$ 5,73 bilhões neste ano.
Em unidades exportadas, o acumulado em seis meses é de 357.513, alta de 78,1% ao comparar com os 200.755 veículos vendidos entre janeiro e junho do ano passado.
Embora o crescimento seja alto, os números deste ano são vistos pela indústria com certa cautela. Isso porque o primeiro semestre de 2009 foi afetado pela crise, o que torna o patamar de comparação muito baixo. A preocupação da Anfavea é que o patamar de 2008, com US$ 6,895 bilhões na venda de 381,2 mil unidades, não foi atingido.
Para o presidente da entidade, o Brasil ainda precisa investir muito na competitividade no setor para aumentar os níveis de exportação. Segundo Belini, o nível que o país importa chegará a 18% das vendas, “o que representa que países como Argentina e México ainda vendem mais para o Brasil do que o Brasil para os mercados externos”.
No mês de junho, houve queda de 13,7% nas exportações, que somaram US$ 1,02 bilhão contra US$ 1,18 bilhão registrado em maio. O número de veículos exportados caiu 13,6% — de 73.793 unidades para 63.737.
Estoque
No mês passado, a indústria somou 88.445 unidades em estoque, o que representa dez dias de vendas. Nas concessionárias, o estoque estava em 26 dias, 230.394 unidades. Assim, no total, o setor possui 36 dias de vendas em estoque, com 318.839 veículos. Em maio, o volume representava 34 dias. De acordo com o presidente da Anfavea, o nível de estoque é regulador. “Essa quantidade possibilita atender o fluxo das lojas e as necessidades específicas de cada cliente.”
Empregos
A indústria automobilística nacional fechou o mês de junho com 130.968 pessoas empregadas diretamente. O nível é 0,9% superior ao do mês de maio, que terminou com 129.813 contratados. Em relação a junho de 2009, o nível de empregos no setor é 9,6% maior. Na época estavam empregadas pela indústria 119.511 pessoas.
Previsão de recorde
A aposta da Anfavea ainda é de recorde na produção anual, com base na previsão de crescimento do PIB brasileiro entre 7,3% e 7,5%.
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