Murilo quer “andrezista” de suplente na chapa ao Senado

No sábado, ao visitar Dourados, o governador André Puccinelli declarou que se seu vice, Murilo Zauith, estiver disposto a se lançar ao Senado, tem a garantia de infraestrutura igual à do candidato do PMDB, Waldemir Moka. Não é o suficiente. Zauith quer mais para estender a aliança e apoio que o DEM dá ao PMDB […]

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No sábado, ao visitar Dourados, o governador André Puccinelli declarou que se seu vice, Murilo Zauith, estiver disposto a se lançar ao Senado, tem a garantia de infraestrutura igual à do candidato do PMDB, Waldemir Moka.

Não é o suficiente. Zauith quer mais para estender a aliança e apoio que o DEM dá ao PMDB no Estado. E , diferente de seu silêncio público, foi objetivo na conversa particular que teve com André. Murilo topa a disputa com a condição de que um “andrezista” seja seu primiero suplente.

Seria, segundo fonte que ouviu confidência do vice-governador, após a conversa, a garantia de que, na disputa ao Senado, Murilo não sofreria do mesmo mal pelo qual passou o senador Valter Pereira nas prévias do PMDB, onde os mais próximos colaboradores do governador trabalharam abertamente em prol do deputado Moka.

Murilo chegou a indicar os nomes de sua predileção para a empreitada. São eles o secretário de Habitação e deputado licenciado, Carlos Marun, e o sercretário de obras Edson Girotto. André haveria dito que tem missões para ambos, mas Murilo teria retrucado e dito que só um nome ligadíssimo ao governador assegura o compromisso para uma disputa limpa e isenta. Marun volta no final do mês à Assembleia e entra na campanha por sua reeleição a deputado estadul, e Girotto deve deixar a secretaria de Obras do Estado para tentar vaga de deputado federal.

Na verdade, Murilo está animado com o movimento denominado “Um senador pelo Cone Sul“, que tem em Dourados o maior colégio eleitoral, e se sente confiante e com cacife eleitoral para vencer Moka, desde que haja igualdade entre eles. Por isso, a exigência de um nome ligadíssimo ao governador como companheiro na chapa ao Senado.

Para a imprensa, o governador declarou que Moka leva vantagem, em razão de ter feito campanha para as prévias em período que, segundo ele, Murilo teria ficado parado. Além disso, disse que faria campanha com seus candidatos isoladamente, não andaria com os dois juntos, o que Murilo não vê como bom sinal. 

Antonieta Trad

Enquanto, em Dourados, o governador advertia que os prefeitos infiéis do PMDB não terão vez, o prefeito da Capital, Nelsinho Trad, chamava de “coligalinhagem” essas traições. Repudiou a estratégia e acrescentou que vai torcer para que a dobradinha ao Senado seja Moka e Murilo, e garantiu que daria aos dois o mesmo tratamento. Mas, o fato de Antonieta Trad, mulher de Nelsinho, ser apontada com a provável primeira suplente de Moka, só reforça a exigência do vice-governador em ter Marun ou Giroto como primeiro suplente.

Murilo e o PT

De olho no que consideram “esvaziamento político” do vice-governador, até pelo anúncio antecipado de Simone Tebet como vice de André, emissários do governador Zeca já deram recado a Murilo de que o DEM seria bem-vindo, e que o vice-governador teria importante espaço político no projeto em 2010. Não custa lembrar que DEM e PT já fizeram aliança no Estado do Tocantins, berço da senadora Kátia Abreu, presidente da Confederação Nacional da Agricultura, e maior defensora dos produtores rurais no país.

Na conversa com André, segundo a fonte, o vice-governador teria sinalizado  que, ser for escanteado no projeto do PMDB pode, sim, avaliar outro caminho.

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