Morador de rua pichado não é aceito em albergue por alcoolismo e agressão

O morador de rua Vanderlei Pires, 35, que foi pichado e urinado por um motorista nesta sexta-feira (2) de manhã, segundo denúncia, não pode permanecer nos abrigos da Prefeitura de Porto Alegre (RS). O motivo alegado pela Fasc (Fundação de Assistência Social e Cidadania) da prefeitura, responsável pelos albergues da cidade, é que ele possui […]

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O morador de rua Vanderlei Pires, 35, que foi pichado e urinado por um motorista nesta sexta-feira (2) de manhã, segundo denúncia, não pode permanecer nos abrigos da Prefeitura de Porto Alegre (RS).

O motivo alegado pela Fasc (Fundação de Assistência Social e Cidadania) da prefeitura, responsável pelos albergues da cidade, é que ele possui um histórico de alcoolismo.

No Abrigo Marlene, onde lhe deram banho e recebeu roupas novas na sexta-feira, há registro de que ele já agrediu outra pessoa anteriormente, sob influência do álcool. O local, na avenida Getúlio Vargas, é lar provisório de cerca de cem pessoas.

“Tentamos encaminhá-lo para tratamento, mas ele não fica”, afirmou a fundação. “E é uma norma, não pode entrar alcoolizado.”

Segundo a Fasc, Pires, natural da cidade de Trindade do Sul, no norte do Estado, já foi casado por dez anos e tem dois filhos. Também tem uma irmã que mora na capital.

Já trabalhou como motorista de caminhão, pedreiro, entre outras funções, mas o vício em bebida o fez parar na rua, impedido também assim de frequentar os albergues da prefeitura.

Entenda o caso

Um homem pichou com spray de cor prata o morador de rua e depois urinou sobre ele, por volta das 6h de ontem, segundo uma mulher que declarou-se como testemunhado do caso. Em seguida, o agressor voltou ao veículo que conduzia e foi embora.

Ela esperava um ônibus em ponto próximo, testemunhou a ação, anotou a placa do carro e chamou a Polícia Militar por volta das 8h.

Com isso, um carro da polícia chegou ao local, na esquina da rua Lobo da Costa com a avenida João Pessoa, minutos depois, segundo o órgão, pois estava próximo.

Pires foi encaminhado ao hospital e pronto-socorro central.

“Como foi apontada a placa, será chamado o dono do veículo envolvido”, informou o primeiro-tenente Nilson Neri da Silva, do 9º Batalhão da Polícia Militar. A 10ª Delegacia da Polícia Civil de Porto Alegre vai investigar o caso.

Após divulgação do caso na imprensa local, um advogado se sensibilizou para prestar auxílio jurídico.

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