Marina critica adversários por excesso de agressividade
A candidata do PV à Presidência da República, Marina Silva, afirmou neste sábado (31) que seus adversários preferem o embate ao invés de discutir propostas. “Eu estou discutindo propostas. Acho que os candidatos não estavam querendo discutir propostas, estavam querendo fazer o embate entre eles (…) [há] uma certa agressividade, não quero ir por esse […]
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A candidata do PV à Presidência da República, Marina Silva, afirmou neste sábado (31) que seus adversários preferem o embate ao invés de discutir propostas. “Eu estou discutindo propostas. Acho que os candidatos não estavam querendo discutir propostas, estavam querendo fazer o embate entre eles (…) [há] uma certa agressividade, não quero ir por esse caminho”, disse Marina, em entrevista à rádio Jornal, em Recife.
Marina criticou o modo como os candidatos José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT) organizam a campanha e montam as alianças. “Neste processo, os candidatos estão cancelando participação em debates, têm alianças incoerentes, mas que teoricamente agregam políticos tradicionais com muito dinheiro e estrutura. Isso dá uma sensação de poder, parece que não precisam do eleitor. Dá uma sensação de que não precisam dos eleitores”, disse.
Marina minimizou o resultado da última pesquisa Ibope. “Não avaliei ainda, mas continuo animada como sempre”, afirmou. Dilma tem 39% das intenções de voto; José Serra (PSDB), 34%; e Marina Silva (PV), 7%.
A candidata do PV disse que conseguirá romper a polarização entre Dilma e Serra. “Minha aliança é com os núcleos vivos da sociedade, com empresários que têm responsabilidade ambiental e social e com os mais humildes. É uma aliança de um novo tipo. Eu preciso do eleitor, do cidadão. Vou vencer essa polarização conversando com as pessoas”.
Na entrevista, Marina criticou o sistema público de saúde. “Eu sei o que é isso, já enfrentei filas e esperei meses por um exame quando eu era empregada doméstica lá no Acre”.
Segurança
A candidata do PV criticou ainda a proposta de José Serra de criar um ministério para cuidar da segurança pública. “Precisamos fazer reforma da segurança para resolver de fato alguns gargalos, não basta ficar fazer puxadinho, um ministério para isso e um ministério para aquilo”.
Marina criticou o baixo salário dos policiais e propôs um piso nacional para a categoria. “Em São Paulo, estado mais rico, também temos graves problemas (…) estados mais ricos são os que pagam os piores pisos salariais”. Ela discordou, entretanto, da proposta de emenda constitucional (PEC ) em tramitação no Congresso que fixa um piso nacional para policiais civis, policiais militares e bombeiros, de R$ 3,5 mil para soldados e R$ 7 mil para oficiais. Segundo Marina, o valor é muito alto.
Marina defendeu a reforma tributária e disse que Guilherme Leal, candidato a vice-presidente pelo PV, está engajado nesta questão. Ela reclamou das críticas que José Serra fez a Leal, que também é empresário e dono da Natura . “Fiquei triste quando o Serra falou: ‘o que o Guilherme [Leal] fez pelo Brasil?’. O Guilherme é um empresário que gera empregos e paga bilhões em impostos. Não precisa ser político para fazer algo pelo Brasil”.
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