Lula: ‘Estado fraco nunca foi sinônimo de iniciativa privada forte’
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu nesta sexta-feira (24), durante cerimônia de capitalização da Petrobras, um Estado forte para garantir o desenvolvimento do país. Lula participou nesta manhã, na Bolsa de Valores de São Paulo, da abertura da maior oferta pública de ações da estatal. “O Brasil está muito orgulhoso nesse dia 24 […]
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu nesta sexta-feira (24), durante cerimônia de capitalização da Petrobras, um Estado forte para garantir o desenvolvimento do país. Lula participou nesta manhã, na Bolsa de Valores de São Paulo, da abertura da maior oferta pública de ações da estatal.
“O Brasil está muito orgulhoso nesse dia 24 de setembro, na primavera de 2010. Nós estamos participando da maior oferta de ações da história mundial. Um estado fraco nunca foi sinônimo de uma iniciativa privada forte”, disse.
O presidente destacou que a capitalização da Petrobras será a “maior da história da humanidade”. A União cedou à estatal a exploração de 5 bilhões de barris de petróleo da área do pré-sal. Com a venda dos barris, que custarão, em média, US$ 8,51, a Petrobras será capitalizada em US$ 42,533 bilhões.
Nesta sexta, a serão ofertadas ações de R$ 29,65 por papel ON (ordinária, com voto) e R$ 26,30 por PN (preferencial, sem voto). Os valores correspondem a descontos de 2,0% sobre os fechamentos das ON (R$ 30,25) e de 1,8% sobre o das PN (R$ 26,80) no pregão da Bovespa nesta quinta-feira.
A fachada da Bovespa foi decorada com as cores verde e amarela e a bandeira do Brasil. O presidente Lula e as outras autoridades presentes também entraram no clima, vestindo jalecos laranjados com as estampas da Petrobras e da bandeira do Brasil e capacetes utilizados em plataformas de petróleo.
Antes de Lula, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou que, com a capitalização, a Petrobras passa a valer US$ 220 bilhões. Nesse patamar, segundo ele, fica atrás apenas da Exxon, com US$ 290 bilhões. Mantega afastou a possibilidade de “doença holandesa”, que seria o enfraquecimento da indústria brasileira devido à queda do dólar (fruto da venda da entrada de divisas referente à venda do petróleo). Citando como exemplo a geração de empregos, o ministro afirmou que “está afastada a maldição do petróleo”. “É mais apropriado falar em benção do petróleo”, disse.
O vice-presidente da República, José Alencar, também discursou no evento e brincou, afirmando que o preço fixado por barril foi “muito camarada”. Ele também comemorou a capitalização e disse que houve um tempo em que o Brasil torcia para que o preço do petróleo baixasse e que, agora, torce para subir.
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