Governo prorroga IPI reduzido para caminhões e veículos comerciais leves

O governo prorrogou o incentivo para veículos comerciais leves, de grande porte e bens de capitais (máquinas e equipamentos), que acabaria neste mês. Até o fim do ano, eles continuarão isentos de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) ou pagando imposto reduzido. Para caminhões, tratores e reboques, a alíquota, que subiria para 5% a partir de […]

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O governo prorrogou o incentivo para veículos comerciais leves, de grande porte e bens de capitais (máquinas e equipamentos), que acabaria neste mês. Até o fim do ano, eles continuarão isentos de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) ou pagando imposto reduzido.

Para caminhões, tratores e reboques, a alíquota, que subiria para 5% a partir de julho, continuará reduzida a zero. Para caminhonetes e picapes, o imposto, que aumentaria para 8%, será mantido em 4%. Os bens de capital que estão com a alíquota zerada também ficarão sem pagar IPI até 31 de dezembro.

Os ministros da Fazenda, Guido Mantega, e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, disseram que, com as medidas, o governo deixará de arrecadar R$ 775 milhões. Desse total, a maior parte (R$ 390 milhões) vem dos incentivos para bens de capital, R$ 280 milhões da desoneração de caminhões, tratores e reboques e R$ 105 milhões dos veículos comerciais leves.

Segundo Mantega, o governo estendeu a desoneração porque as vendas desses tipos de veículos só começaram a se reagir no final do ano passado. “O setor ainda está se recuperando da crise e precisa dos incentivos por algum tempo”, justificou.

Para ele, a prorrogação não contraria a política do governo de retirada dos estímulos após o crescimento da economia. “O governo retirou estímulos dos bens de consumo, mas manteve os incentivos a investimentos e bens de capital.”, explicou o ministro. Ele disse que meios de transportes usados na produção, como os beneficiados pela prorrogação, também podem ser classificados como bens de capital.

Mantega afirmou ainda que não serão necessários cortes adicionais no Orçamento por causa do impacto fiscal provocado pelas desonerações. “Na verdade, não haverá redução de receitas, mas a manutenção da arrecadação atual. Assim, não será necessário fazer cortes no Orçamento”, explicou.

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