Exército combate tráfico na fronteira com veículos de guerra e até cães farejadores
No posto da Polícia Rodoviária Federal, na BR 163 próximo a Dourados, viaturas e militares armados com fuzis e fardas camufladas param os motoristas e os orientam sobre a importância da operação.
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No posto da Polícia Rodoviária Federal, na BR 163 próximo a Dourados, viaturas e militares armados com fuzis e fardas camufladas param os motoristas e os orientam sobre a importância da operação.
Os motoristas que chegam aos postos de fiscalização de fronteira podem se assustar num primeiro momento da fiscalização. No posto da Polícia Rodoviária Federal, na BR 163 próximo a Dourados, viaturas e militares armados com fuzis e fardas camufladas param os motoristas e os orientam sobre a importância da operação.
Já no caso do posto Pacuri, na BR 463, a 17 quilômetros de Ponta Porã, veículos mais pesados fazem parte da paisagem e auxiliam na operação. Tanques de guerra, jipes, caminhonetes e até mesmo helicópteros fazem parte do cenário.
A fronteira foi fechada com cones de sinalização e arame farpado e os homens camuflados contam ainda com a ajuda de cães adestrados para farejar entorpecentes. Segundo o comandante do terceiro esquadrão da 11º Regimento Cavalaria Mecanizado, os cães sã usados para auxiliar na busca de drogas escondidas pelos traficantes.
No esquadrão há uma sessão de “cães de guerra”, adestrados para buscas de entorpecentes. E os cães trabalham bem. Esse é o caso de Bool, um labrador caramelo de pouco mais de dois anos que já participou da apreensão de carregamentos de até 120 quilos de cocaína e pasta base da droga.
O treinamento é feito usando bastões onde há um pouco da droga. “Com o bastão fazemos o estímulo dos sentidos do cão e também como se fosse um brinquedo. O cão é estimulado a buscar o entorpecente pelo cheiro”, explica o capitão.
O adestrador de Bool é o sargento Frazão. Segundo ele, o labrador é um cão dócil e bastante utilizado nesse tipo de operação. No canil da corporação que funciona desde 2007, são cinco cães adestrados para participarem das operações militares. E não pensem que o “cão de guerra” é mais sério que os outros. Brincalhão, Bool é receptivo com a reportagem e segundo o adestrador, esse e o primeiro passo para o treinamento.
“Trabalhamos a afetividade com os cães, que é a primeira prerrogativa para estabelecer a relação de confiança com eles”, explica Frazão.
Um cão adestrado para operações de busca tem em média sete anos de trabalho, e após esse tempo, vai para a “reserva”. Quando então é adotado por algum dos militares e vai viver como um cão normal, mas com o “dever cumprido”.
(*) A repórter acompanha a operação a convite do Comando Militar do Oeste
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