Estudantes vão acionar Ministério Público por anulação de prova amarela do Enem

As estudantes Renata Caroline, 16, e Mariá Vieira de 17 anos querem a anulação da prova amarela. O Ministério da Educação estuda reaplicar a prova aos candidatos que tenham sido lesados

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As estudantes Renata Caroline, 16, e Mariá Vieira de 17 anos querem a anulação da prova amarela. O Ministério da Educação estuda reaplicar a prova aos candidatos que tenham sido lesados

Duas alunas do Ensino Médio do Colégio Dom Bosco, em Campo Grande, vão recorrer ao Ministério Público pedindo a anulação da prova amarela do Enem, aplicada no último fim de semana.

As provas aplicadas a 3,3 milhões de candidatos em todo o país apresentaram erros que podem prejudicar os estudantes. Em pelo menos 21 mil cadernos de prova amarelos, houve erro de montagem e e faltavam algumas das 90 questões.

Renata Caroline Pereira de Macedo, 16 anos, prestou o exame por uma vaga no curso de Direito da UFMS ou da UFGD. Ela disse que teve problemas ao marcar as alternativas no caderno de respostas. Segundo Renata, apesar de a prova ter sido substituída às 15 horas, não houve tempo hábil para responder a algumas questões de ciências da natureza.

“É uma falta de respeito. Não devemos ficar quietos, temos que lutar por nossos direitos”, declarou. Ela disse ainda que a coordenação do colégio tem orientado os alunos que se sentiram prejudicados a entrar com uma ação coletiva.

Mariá Vieira, 17 anos, tentava uma vaga no curso de Medicina da UFMS. Ela relata que percebeu o erro durante o preenchimento das respostas – algumas questões estavam repetidas e outras, com numerações diferentes. A estudante disse ainda que o fiscal de sala substituiu sua prova às 14h30.  “Não vejo mais credibilidade na prova do Enem”, desabafou Mariá.

O Ministério da Educação estuda reaplicar a prova de sábado (6) aos candidatos que tenham sido lesados pelo erro na montagem do caderno amarelo.

Também no sábado, a folha em que os estudantes marcam as respostas das questões estava com o cabeçalho das duas provas trocado. O exame teve 90 questões, sendo a primeira metade de ciências humanas e o restante de ciências da natureza. Mas, na folha de marcação, as questões de 1 a 45 eram identificadas como de ciências da natureza e as de 46 a 90, como de ciências humanas.

A Defensoria Pública da União pede que os alunos prejudicados entrem em contato com o órgão pelo e-mail [email protected]. O candidato deve incluir o seu nome, a localidade em que fez o Enem e as orientações recebidas ou não pelo fiscais de sala sobre as falhas constatadas.

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