Dupla que matou subtenente da PM tem sentenças definitivas
Tornaram-se definitivas as sentenças condenatórias aos dois acusados da morte do subtenente da Polícia Militar Edézio Gonçalves de Arruda, 54, ocorrida em 11 de janeiro deste ano. Arruda foi morto com golpes de pedra na cabeça para que o veículo Gol fosse roubado. Nadson Pereira Galvão, o “Nandinho”, 24, foi condenado a passar quase trinta […]
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Tornaram-se definitivas as sentenças condenatórias aos dois acusados da morte do subtenente da Polícia Militar Edézio Gonçalves de Arruda, 54, ocorrida em 11 de janeiro deste ano. Arruda foi morto com golpes de pedra na cabeça para que o veículo Gol fosse roubado. Nadson Pereira Galvão, o “Nandinho”, 24, foi condenado a passar quase trinta anos na cadeia, enquanto Giliard Pereira, o “Cabeça”, 25, vai ter de ficar 22 anos na prisão.
As sentenças foram proferidas pelo juiz da 2ª Vara Criminal de Corumbá, Roberto Ferreira Filho, após julgamento realizado em 24 de maio. Como ao longo do prazo legal para apresentação de recursos, a defesa não recorreu da decisão, a sentença condenatória da dupla transitou em julgado – tornou-se definitiva. Como o período recursal expirou, Giliard terá então de ficar 22 anos e três meses na prisão, Por sua vez, Nadson vai ter de cumprir em regime fechado os 29 anos e 9 meses de reclusão, a que foi condenado.
Na exposição de motivos para as condenações da dupla, o juiz Roberto Ferreira Filho, usou argumentação semelhante para os dois réus. De acordo com o magistrado, o processo mostrou que a vítima foi agredida pelos autores “de modo covarde e cruel, com dolo direto (que não é obrigatório) para o alcance do resultado morte, indicando, claramente, o nítido propósito de ceifar a vida dela, independentemente de já terem consumado ou praticamente consumado, quando da agressão, o delito patrimonial (…). O motivo do crime foi a busca de lucro fácil subtraindo coisa alheia e utilizando-se de violência (…). As consequências do crime foram marcantes e brutais, porém, comuns ao tipo; que as circunstâncias do crime foram desfavoráveis ao réu, posto ter sido a vítima colhida de chofre, quando, sozinha, chegava em sua própria residência; que o comportamento da vítima em nada influenciou para a prática do delito”.
O crime
A reconstituição dos fatos que levaram à morte de Edézio, feita pela Polícia Civil com a participação de Nadson e Giliard, indicou que o planejamento inicial da dupla era pegar um taxista, mas o subtenente Arruda cruzou o caminho deles num Gol prata 2008 e eles decidiram que aquele seria o veículo roubado.
Os dois esperaram o policial militar estacionar o carro e o surpreenderam. Na reconstituição, Giliard e Nadson contaram que deram uma pedrada na cabeça da vítima que caiu no chão. Foi quando pegaram a chave do carro e carregaram o policial para dentro do veículo, o que teria dado algum trabalho porque houve luta.
Na Estrada Branca o policial foi morto. Lá, o subtenente Edézio Gonçalves de Arruda foi retirado do veículo, teve pés e mãos amarrados por cinto e camisa, colocado à margem da rodovia e golpeado com uma pedra na cabeça. Os golpes teriam sido aplicados por Nadson. Foram pelo menos três pedradas. Depois, Nadson teria seguido a pé rumo à cidade e Giliard tentou seguir com o carro para a Bolívia, mas o veículo atolou no caminho.
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