Cúmplice de assassino de Glauco deve se entregar no início da semana

Cinco equipes de policiais do SIG (Setor de Investigações Gerais) da Delegacia Seccional de Osasco (Grande SP) procuram na manhã deste domingo pelo estudante Carlos Eduardo Sundfeld Nunes, 24, suspeito de matar o cartunista Glauco Vilas Boas, 53, e de seu filho Raoni, 25. Ontem (13), a polícia descobriu quem é o dono do Gol […]

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Cinco equipes de policiais do SIG (Setor de Investigações Gerais) da Delegacia Seccional de Osasco (Grande SP) procuram na manhã deste domingo pelo estudante Carlos Eduardo Sundfeld Nunes, 24, suspeito de matar o cartunista Glauco Vilas Boas, 53, e de seu filho Raoni, 25.

Ontem (13), a polícia descobriu quem é o dono do Gol cinza, veículo usado na fuga de Carlos quando saiu da casa do cartunista após cometer o crime. O nome dele não foi divulgado à imprensa para não dificultar sua apresentação à delegacia –o que já está sendo negociado.

Investigadores já falaram com a família do motorista do carro e negociam a apresentação dele. A polícia chegou até o motorista –que também é o proprietário do carro– pela placa do veículo. Com a lataria amassada, o carro foi encontrado ontem em Pinheiros, na zona oeste de São Paulo, próximo a casa da mãe do proprietário do veículo.

Segundo o delegado Archimedes Cassão Veras Junior, responsável pelo caso, ele é um jovem paulistano. De acordo com o delegado, policiais foram até a casa do suspeito, mas ele não estava. Logo depois, um advogado se apresentou em nome da família para negociar as condições para que o jovem se entregasse.

Uma das exigências feitas pela família é que ele se apresente em outra delegacia que não seja a seccional de Osasco –onde as investigações estão centralizadas–, porque teme o assédio da imprensa e de curiosos.

Segundo o delegado, o suspeito deve se entregar no início desta semana. A principal questão da polícia é identificar qual foi a efetiva participação dele no episódio -se apenas deu carona a Carlos Eduardo, conhecido como Cadu, sem saber de suas intenções ou se sabia das intenções do autor dos tiros.

A polícia espera que a apresentação do jovem possa levar à prisão de Cadu, considerada fundamental pelo delegado para esclarecer a principal questão do episódio: qual foi a motivação do crime? Veras Júnior descartou a possibilidade de ter ocorrido um latrocínio (tentativa de roubo seguida de morte). “Não há hipótese nenhuma de ter havido um crime contra o patrimônio”, afirmou.

“O homicídio doloso [com intenção de matar] já ocorreu. Ele vai responder [por esse crime]. As outras circunstâncias só vão dosar aquilo que será encaminhado para o juiz”, disse.

Além de esclarecer a motivação e a participação do jovem identificado ontem, a prisão de Cadu é considerada importante pela polícia para saber quem forneceu a arma, questão que família não soube responder.

 Segundo a Secretaria de Segurança Pública, a Polícia Federal e a Interpol foram acionadas para monitorar aeroportos e fronteiras para impedir a fuga de Nunes.

Policiais civis percorrem os possíveis locais onde Nunes costumava frequentar. Ele mora com os avós paternos numa área de classe média alta no Alto de Pinheiros (zona oeste de São Paulo).

Cadu deve ser indiciado por duplo homicídio doloso (com intenção), e o outro suspeito deverá responder por envolvimento no crime.

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