Casa de traficante no Alemão tinha banheira, piscina e churrasqueira

Um caminho quase inacessível com vergalhões e rede de esgoto à mostra é a rua de acesso ao esconderijo de um dos traficantes mais procurados pela polícia do Rio de Janeiro. O local foi descoberto neste domingo (28) com a retomada do Complexo do Alemão em uma operação conjunta de forças de segurança pública. Para […]

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Um caminho quase inacessível com vergalhões e rede de esgoto à mostra é a rua de acesso ao esconderijo de um dos traficantes mais procurados pela polícia do Rio de Janeiro. O local foi descoberto neste domingo (28) com a retomada do Complexo do Alemão em uma operação conjunta de forças de segurança pública.

Para dificultar ainda mais o acesso, uma cratera foi feita para impedir a pasagens de veículos. Somente no canto de um beco encontra-se uma porta que revela uma casa de três andares. O imóvel, segundo a polícia, era o esconderijo do traficante Alexander Mendes da Silva, o Polegar, que está foragido.

O luxo não era exclusividade dele, uma vez que nesse sábado (27) sua mulher já tinha sido presa em um condomínio de luxo.

De acordo com as investigações, Polegar chefiava da luxuosa casa no Alemão o tráfico de drogas no Morro da Mangueira, onde atua a mesma facção criminosa que comandava o morro do Alemão.

O imóvel foi reformado recentemente e tem muitos sinais de ostentação. Na sala, o teto era de gesso rebaixado, com uma iluminação azulada. Na cozinha, eletrodomésticos de primeira linha, como fogão e geladeira em aço escovado.

Segundo a polícia, antes de deixar o local o próprio traficante danificou várias partes do imóvel. A cama, o guarda-roupa e outros itens foram depredados antes da fuga.

Para os agentes, a destruição foi um ato de rebeldia para impedir que a casa fosse usada por outros moradores. Na televisão, havia marca de tiros.

No imóvel há também quartos que aparentam ser de crianças. Eles tem desenhos de um carro veloz e o nome do jovem cantor canadense Justin Bieber.

A casa contrasta com o resto da comunidade. Na suíte, de cerca de 40 m², havia uma banheira de ultima geração e aparelhos de última geração, como ar-condicionado e uma televisão de tela plana.

No andar de cima do imóvel havia ainda uma piscina e uma ampla visão de toda a comunidade, inclusive de um dos acessos à favela, hoje ocupada pela polícia. A piscina fica em cima de um deck de madeira e tinha água tratada e limpa. A casa tinha ainda uma churrasqueira, que estava pronta para ser usada. Na chegada a polícia encontrou até um saco de carvão deixado sobre a pia.

Todo o luxo da casa, inclusive o piso imitando o calçadão de Copacabana, não pertence mais ao traficante e foi tomada pelas tropas que ocuparam o Morro do Alemão.

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