Candidato do PSOL fará campanha sem tirar a “barriga do balcão” de sua lanchonete na 13 de maio

A cabeleireira Ivone Teodoro, do PSOL, é a vice do partido que a nível nacional está com o ilustre Plínio de Arruda Sampaio, candidato a presidente da República

O ex-bancário Nei Braga, 50, candidato a governador pelo PSOL (Partido Socialismo e Liberdade) ainda “não tirou a barriga do balcão”. É que para ganhar a vida, Nei trabalha das cinco da manhã ate às dez da noite servindo cafezinho, fazendo sucos naturais e vendendo salgadinhos e doces numa lanchonete de sua propriedade na Rua 13 de maio entre as ruas Maracaju e Cândido Mariano, no Centro de Campo Grande.

Em entrevista exclusiva ao Midiamax, Braga deu uma pausa nos afazeres da lanchonete e afirmou que o seu partido vai gastar o mínimo na Campanha. O PSOL estimou R$ 1 milhão de teto. Os filiados poderão contribuir para bancar as despesas. O candidato do PSOL disse que vai usar da melhor forma possível o horário gratuito no rádio e na televisão onde defenderá as suas idéias e do PSOL para comandar o Estado.

Além de Nei Braga o PSOL lançou um candidato ao Senado, quatro a Câmara Federal e oito a Assembléia Legislativa, conforme afirmou Lucien Resende, presidente do Diretório Estadual do partido.

A candidatura de Nei Braga foi referendada na II Conferência Eleitoral Estadual do partido realizada no dia 28 de março em Campo Grande.

“Onde tiver um espaço vamos ocupar”, disse o candidato socialista que está agendando reuniões no período da noite quando deixará o balcão da lanchonete para fazer política. Braga adiantou que a internet será a maior arma da sua campanha. “Vamos usar e abusar das mídias digitais e das redes sociais”, disse o candidato que conta com um grande número de pessoas que se dispuseram a o que ele chama de “cabos eleitorais digitais”.

Nei Braga disse que nos finais de semana também terá que deixar a lanchonete aos cuidados de familiares para fazer campanha nas principais cidades do estado como Dourados, Corumbá, Três Lagoas, Paranaíba, Ponta Porá, Coxim, Navirai e Nova Andradina.

“Aqui no MS não queremos reinventar a roda. Quero dizer ao povo que há espaço alternativo e consistente para apresentar uma candidatura de renovação”, disse Nei ao acrescentar que “agora o desafio do PSOL é sair com força e energia às ruas e se vincular cada vez mais a população”.

“Em nossas andanças e conversas sentimos que há um que de frustração”, explicou Nei dizendo que sua candidatura “tem por objetivo aglutinar aqueles que estão à margem das decisões políticas, econômicas e administrativas em Mato Grosso do Sul e ‘por isso queremos convocar a sociedade para que ela seja, de fato, a protagonista de sua própria história’.