Aposentada morre ‘duas vezes’ em 26 horas em Maceió
A aposentada Divacir Cordeiro dos Santos, 60 anos, morreu “duas vezes” em 26 horas no Hospital Geral do Estado, em Maceió. Segundo a administração do hospital, ela foi dada como morta às 3h30 desta quarta-feira (16) e o corpo levado para o necrotério. Duas horas depois, funcionários perceberam que o corpo estava se mexendo e […]
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A aposentada Divacir Cordeiro dos Santos, 60 anos, morreu “duas vezes” em 26 horas no Hospital Geral do Estado, em Maceió. Segundo a administração do hospital, ela foi dada como morta às 3h30 desta quarta-feira (16) e o corpo levado para o necrotério. Duas horas depois, funcionários perceberam que o corpo estava se mexendo e descobriram que a paciente apresentava sinais vitais. Internada pela segunda vez, ela morreu às 5h30 desta quinta-feira (17).
Divacir, que mora em Atalaia (AL), foi internada por volta das 17h desta terça-feira (15) com quadro de falta de ar e sinais de Acidente Vascular Cerebral (AVC). O corpo dela foi liberado para sepultamento, mas a data e o local ainda não foram divulgados pela família.
De acordo com boletim médico divulgado pelo médico Carlos Alberto Gomes, a paciente era diabética e hipertensa. O documento informou que a equipe de plantão tentou reanimá-la, mas sem sucesso. No necrotério, ela foi examinada novamente e reencaminhada para a internação, onde permaneceu sedada e em estado gravíssimo.
Ainda segundo o boletim médico, a suspeita inicial era de que a paciente tivesse sofrido complicações em decorrência de medicamentos ou ter tido sintomas de catalepsia.
Para Gerson Odilon, médico legista e diretor do Instituto Médico Legal (IML) de Alagoas, disse, em nota divulgada pela Secretaria de Saúde de Alagoas, que é muito raro acontecer casos desse tipo. Segundo ele, o distúrbio é raro na medicina e impede que o paciente se movimente, apesar de manter os sinais vitais e os sentidos funcionando, deixando a pessoa em estado de morte aparente.
Ainda segundo Odilon, na literatura médica já foram registrados alguns casos, inclusive de pessoas que foram enterradas, quando se encontravam em situação como essa. Ele disse que há casos em que o surto pode durar alguns minutos, como também horas e dias.
O legista disse que é recomendado, após o falecimento, fazer a autopsia seis horas após a decretação da morte. Segundo Odilon, é quando surge a rigidez cadavérica e o sangue deixa de circular e fica concentrado na parte baixa do corpo. Quanto ao sepultamento, o legista recomenda que seja feito 24 horas após a morte.
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