Aneel convoca envolvidos na construção de linha de transmissão para MS

A Agência Nacional de Energia Elétrica vai convocar na semana que vem os envolvidos na construção da nova linha de transmissão a ser implantada da Usina de Ilha Solteira (SP) a Campo Grande, para debater uma solução que atenda o pedido dos produtores rurais de Chapadão do Sul, insatisfeitos com o traçado previsto no projeto […]

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A Agência Nacional de Energia Elétrica vai convocar na semana que vem os envolvidos na construção da nova linha de transmissão a ser implantada da Usina de Ilha Solteira (SP) a Campo Grande, para debater uma solução que atenda o pedido dos produtores rurais de Chapadão do Sul, insatisfeitos com o traçado previsto no projeto original da obra.

A decisão foi tomada nesta quarta-feira, 7 de abril, na sede da agência, em Brasília, um dia depois que o Senado discutiu o assunto em audiência pública convocada pela Comissão de Agricultura e Reforma Agrária.A audiência , presidida pelo senador Valter Pereira (PMDB/MS), contou com a participação dos senadores Delcídio do Amaral (PT/MS) e Marisa Serrano (PMDB/MS), o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, o secretário estadual de Meio Ambiente, Carlos Alberto de Menezes, o assessor da Superintendência de Concessões e Autorizações de Linhas de Distribuição da Aneel, Adilson Rufato, o delegado do Sindicato Rural de Chapadão do Sul, Elo Loeff, e os produtores rurais Rudimar e Darci Borgelt.

Delcídio, que no início do mês passado apresentou o pedido para alteração do traçado na ANEEL, disse que, na proposta original, a linha atravessa regiões altamente produtivas da Região do Bolsão e da divisa com Goiás, aumentando o risco de acidentes e trazendo prejuízos para os agricultores.

“A direção da ANEEL entendeu que o traçado atual pode provocar impactos econômicos negativos nas áreas rurais, comprometendo a produtividade. Pelo projeto já licitado, a rede corta áreas de pecuária em Selvíria, Paranaíba e Inocência, que não sofreriam maiores impactos. Mas em Chapadão ela atravessa lavouras muito produtivas de soja, de milho e de algodão, com riscos de acidentes em cabos, encanamentos agrícolas e com aeronaves que pulverizam a agricultura. A idéia é deslocar a linha para um raio aproximado de 10km do local onde está definida a implantação. Além disso, se as linhas ficarem muito próximas da área urbana , no futuro, as interligações das Pequenas Centrais Hidrelétricas-PCHs e das geradoras de energia ligadas às subestações vão gerar um emaranhado de redes, prejudiciais ao desenvolvimento das cidades”, argumenta Delcídio.

O senador ressaltou a necessidade de definir o novo traçado no menor tempo possível. Segundo ele, caso isso não seja feito, as obras da instalação das linhas de transmissão e da subestação de energia poderão estar em tal estágio que não será possível mudar a localização.

Delcídio adiantou que serão convocados para debater o assunto as empresas distribuidoras de energia, as empreiteiras responsáveis pela execução da obra, o Sindicato Rural e a Prefeitura de Chapadão do Sul, além do governo do estado, através da Secretaria de Meio Ambiente, responsável pela emissão da licença de construção e operação da linha.

Delcídio considera as reivindicações do Sindicato Rural de Chapadão do

Sul pertinentes.

“São áreas nobres, que produzem muitas riquezas e onde são gerados milhares de empregos. A nova linha é fundamental para reforçar o nosso sistema de distribuição e ampliar a oferta de energia em todo o estado. Por isso, acho importante uma adequação no traçado que contemple os interesses dos produtores e, ao mesmo tempo, satisfaça as necessidades de desenvolvimento do estado”, explicou o senador, que é especialista da área, trabalhou na construção de várias usinas e já foi ministro de Minas e Energia.

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