CBF decide novo calendário e os clubes acabaram se submetendo

Clube dos 13 submeteu-se à CBF, mais uma vez, ao aprovar o calendário criado pela entidade, e aceitar o fim dos regionais. Em reunião nesta sexta-feira, na sede do Flamengo, uma votação apertada (24 votos a 20) decidiu pela aprovação da proposta da entidade para o calendário de 2003. Ou seja, Estaduais curtos, abrindo a […]

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Clube dos 13 submeteu-se à CBF, mais uma vez, ao aprovar o calendário criado pela entidade, e aceitar o fim dos regionais. Em reunião nesta sexta-feira, na sede do Flamengo, uma votação apertada (24 votos a 20) decidiu pela aprovação da proposta da entidade para o calendário de 2003. Ou seja, Estaduais curtos, abrindo a temporada, seguidos de um Campeonato Brasileiro disputado em oito meses.

Pelo modelo, não restam datas para a disputa das ligas regionais, dos Superestaduais e da Copa dos Campeões. Ou seja, foi aceito o fim do calendário quadrienal, criado ano passado, em pacto do Clube dos 13, da CBF e do governo federal.

O presidente do Vasco, Eurico Miranda, deu o tom do discurso: o calendário é atribuição da CBF. Segundo ele, apenas uma insubordinação coletiva poderia mudar isso. ”Não adianta se insubordinar e, depois voltar atrás, como eles (clubes) costumam fazer. A maioria aqui não tem aquilo roxo”, ironizou.

No meio do ano, o presidente do Clube dos 13, Fábio Koff, ameaçou enfrentar a CBF, mas recuou. Fez um acordo para ficar com o Brasileiro de 2003 mas, agora, os clubes aceitam nova imposição da CBF. “A CBF usou sua prerrogativa de montar um calendário. Pelo estatuto, os estaduais devem existir e era impossível compatibilizá-los com as ligas regionais”, disse Koff.

Os dirigentes da Liga Sul-Minas representaram o foco de resistência contra o calendário da CBF. Mas foram derrotados pela pressão da CBF e da Globo, que já tinha negociado valores a serem pagos pelas competições antes da reunião de sexta.

Assim, os clubes aceitaram um calendário que eles mesmos consideram que foi feito pelo presidente da CBF, Ricardo Teixeira, com o objetivo de agradar as federações e se reeleger ao cargo. “A CBF fez este calendário pensando na eleição, afinal, há 27 federações e 24 clubes. É clara a intenção do Ricardo Teixeira pela a reeleição”, disse Eduardo Maluf, diretor de Futebol do Cruzeiro.

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