Morte de Senna marcou o pior fim de semana da história da Fórmula 1

O acidente de Ayrton Senna foi o desfecho trágico do pior fim de semana da história da Fórmula 1. O GP da San Marino de 1994 teve as mortes do tricampeão no domingo e do austríaco Roland Ratzenberger no sábado, fora o grave acidente de Rubens Barrichello na sexta-feira, além de uma outra forte batida na largada […]

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O acidente de Ayrton Senna foi o desfecho trágico do pior fim de semana da história da Fórmula 1. O GP da San Marino de 1994 teve as mortes do tricampeão no domingo e do austríaco Roland Ratzenberger no sábado, fora o grave acidente de Rubens Barrichello na sexta-feira, além de uma outra forte batida na largada da prova de domingo entre dois carros.

A sequência de tragédias chocou a Fórmula 1 e levou a categoria a repensar medidas. Desde 1982, a competição não passava pelo abalo da morte de um piloto e depois da série de incidentes em Ímola, as alterações nas estruturas dos carros e nos dispositivos de segurança deram à Fórmula 1 o maior período sem acidentes fatais da história. Somente em outubro de 2014, no GP do Japão, a batida do francês Jules Bianchi pôs fim nessa tranquilidade – ele faleceu em 17 de julho de 2015.

O triste GP de San Marino tem entre os principais antecedentes a mudança no regulamento da Fórmula 1 para aquele ano. Os carros deixaram de ter vários dispositivos eletrônicos, como a suspensão ativa. A alteração procurou tornar a competição mais equilibrada depois de temporadas de domínio da Williams, porém deixou os bólidos mais instáveis e difíceis de serem guiados.

Em testes privados, por exemplo, o francês Jean Alesi bateu forte com a Ferrari e perdeu algumas provas daquele ano. A temporada teve início com provas em Interlagos, no GP do Brasil, e em Aida, no Japão, para o GP do Pacífico, pistas que não tinham a alta velocidade como característica, como era o caso de Ímola, circuito localizado nos arredores de Bolonha, na Itália.

O contato dos novos carros de 1994 com a pista gerou um grande susto logo nos treinos livres, na sexta-feira. Barrichello capotou com a Jordan, desmaiou e teve ferimentos na cabeça e no braço. Senna ainda foi visitá-lo no hospital do autódromo e durante aqueles dias de corrida, manifestou preocupação com a falta de segurança na categoria.

O temor aumentou no sábado. O novato Ratzenberger havia comprado vaga na pequena Simtek para correr somente as três primeiras provas da temporada e tentava marcar tempo no treino classificatório. O aerofólio do carro dele se soltou e ele bateu de frente no muro. O piloto morreu.

A atmosfera ficou pesada em Ímola, com rumores sobre o cancelamento da corrida. Mas às 14 horas (locais) de domingo os carros largaram. Quando a luz verde acendeu, um novo susto. A Benetton de JJ Lehto não saiu do lugar e a Lotus de Pedro Lamy acertou em cheio o carro na traseira. Os dois nada sofreram, mas os destroços chegaram a machucar alguns espectadores que estavam na arquibancada.

A direção de prova decidiu não cancelar a largada, mas deixar que as seis voltas iniciais fossem lideradas pelo safety Car enquanto os fiscais retiravam os detritos na pista. Logo depois, na sétima volta, a disputa foi retomada e o líder da corrida, Ayrton Senna, bateu na curva Tamburello. Um acidente fatal.

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