O esteve fora da zona de rebaixamento por três minutos neste sábado. Foi o tempo em que liderou o placar nesta noite antes de o decretar o empate, por 1 a 1, nos minutos finais do segundo tempo, no Mineirão. O jogo, válido pela 28ª rodada do Brasileirão, marcou o reencontro do técnico Rogério Ceni com a torcida mineira.

Apesar do empate, foi o Fortaleza quem deixou o gramado com o gosto de vitória. Com uma postura recuada, aguentou a pressão do Cruzeiro até os 34 minutos da etapa final. Foi quando o time da casa abriu o placar. No entanto, os visitantes empataram três minutos depois, assegurando um importante ponto fora de casa.

O resultado deixou o Cruzeiro com 29 pontos, na mesma 17ª colocação, ainda dentro da zona da degola. Em situação ligeiramente melhor, o Fortaleza chegou aos 32 pontos, na 14ª posição da tabela.

No duelo, Rogério Ceni revisitou o Mineirão, onde pôde comandar o Cruzeiro por apenas 46 dias, após ser contratado em 11 de agosto. Foram duas vitórias, dois empates e quatro derrotas pela equipe. Levando em conta a contratação, salários e multa rescisória, o técnico custou mais de R$ 3,5 milhões ao time de Belo Horizonte.

Mas, sem sucesso no comando da equipe mineira, Ceni retornou ao Fortaleza, onde já se tornou ídolo. Agora segue tentando manter a equipe cearense na primeira divisão do .

O JOGO – Em duelo reunindo duas equipes tentando evitar o rebaixamento, a cautela deu o tom nos primeiros 15 minutos. E o jogo foi equilibrado ao menos até os 17, quando o Cruzeiro criou a primeira boa oportunidade. Em falha de marcação do Fortaleza, Thiago Neves cabeceou com perigo e Felipe Alves fez defesa importante.

Três minutos depois, o goleiro do Fortaleza foi novamente muito exigido. Orejuela acertou forte chute de fora da área e Felipe caiu no canto esquerdo para evitar o gol dos anfitriões.

As chances em série assustaram os visitantes, que recuaram e passaram a fortalecer o setor defensivo. Como consequência, o time de Rogério Ceni praticamente abdicou do ataque. Num rara investida, mesmo de longe, Juninho arriscou finalização de fora da área e mandou longe do gol defendido por Fábio.

“Eles estão marcando embaixo, dificultando nossa saída de bola. Criamos oportunidades e poderíamos estar na frente. Agora é continuar martelando para fazer o gol”, avaliou o volante Henrique, ao comentar sobre a postura do Fortaleza.

As mudanças no intervalo deram o tom do que seria o segundo tempo. Enquanto o Fortaleza trocou um atacante (Osvaldo) por meia (Marlon), para reforçar o meio-campo, o Cruzeiro colocou Marquinhos Gabriel, mais ofensivo, na vaga de Jadson.

Logo as duas equipes iniciaram um duelo de ataque contra defesa. O Fortaleza, contudo, se defendia bem, com duas linhas sólidas. Ao mesmo tempo, o time mineiro exibia pouca criatividade em suas investidas. Geralmente, apostava no chuveirinho na área. Mais na base da vontade do que na técnica, o Cruzeiro quase abriu o placar aos 24, quando Marquinhos Gabriel acertou o pé da trave esquerda de Felipe Alves.

Preocupado, Abel Braga sacou Robinho para arriscar ainda mais no ataque. Sassá entrou no jogo. Com pressão ainda maior, o time mineiro enfim balançou as redes aos 34 minutos. Marquinhos Gabriel recebeu dentro da área e acionou rapidamente Orejuela, que bateu para as redes, quase de dentro da pequena área.

A festa da torcida, porém, durou apenas três minutos. Foi o tempo necessário para o Fortaleza buscar o empate, na única investida ofensiva da equipe no segundo tempo. Após cruzamento da direita, Marlon falhou e a sobra ficou com Wellington Paulista, que entrou com bola e tudo no gol. Foi o 11º gol do atacante no campeonato, no qual ele figura na terceira posição na lista dos artilheiros.

Nos minutos finais, o Cruzeiro tentou repetir a pressão, desta vez sem sucesso. E o Fortaleza apenas administrou o empate para garantir o ponto longe de casa.