CR7 teve de ser substituído aos 24 minutos do primeiro tempo 

Portugal provou neste domingo (10) que é muito mais do que Cristiano Ronaldo. Sem o craque, que precisou ser substituído aos 24 do primeiro tempo, a equipe lusitana se superou em campo e bateu a favorita França, em pleno Stade de France, por 1 a 0, gol do atacante Éder, aos três minutos da segunda da prorrogação. 

O primeiro título importante da história de Portugal veio com um roteiro semelhante ao restante de sua campanha: além de não contar com CR7, a seleção teve de esperar até a prorrogação para soltar o grito de gol e entrar em compasso de espera para chegar ao tão sonhado caneco da Euro. De quebra, faz os franceses sentirem o gostinho do que passou em 2004, quando perdeu a competição em casa, por 1 a 0, para a zebra Grécia.

Portugal entrou em campo assustado, errando saídas de bola fáceis. A equipe sentia o clima da decisão e assistia aos franceses trocarem passes. A transição era defeituosa, facilitando as ações dos homens de meio de campo da França. 

Percebendo o nervosismo de Portugal, a França adiantou a marcação e passou a pressionar ainda mais a saída de bola lusa. Aos sete minutos, o lance que mudaria os rumos da partida. Em jogada no meio de campo, Payet chegou duro e acertou o joelho esquerdo de Cristiano Ronaldo. O camisa 7 ficou no chão sentindo muitas dores. Ele ainda tentou ficar em campo, mas se arrastando, caiu no gramado e acabou substituído, sob aplausos dos torcedores que compareceram ao Saint-Denis, por Quaresma, aos 24.

Por mais paradoxal que possa parecer, Portugal não sentiu no primeiro tempo a ausência do seu grande craque. De fato, não tinha a referência no comando do ataque, mas a equipe passou a ter mais a bola nos pés e a atuar mais pelos lados de campo. Não chegou a criar um lance de grande perigo, mas igualou as ações com a França. 

A responsabilidade da vitória estava toda com a França. Além de jogar em casa, com o apoio da torcida, Portugal estava sem Cristiano Ronaldo. Ainda assim, a postura das duas equipes em campo mostrava vontade de vencer a Eurocopa ainda no tempo regulamentar. Os dois treinadores fizeram substituições ofensivas, em busca do gol. 

Éder mostrou que queria jogo. Ele recebeu sozinho no ataque, dominou, levou e bateu forte de fora da área, no cantinho de Lloris. A França foi com tudo para o ataque em busca do gol que levaria o jogo para os pênaltis. Nos contra-ataques, Portugal levou perigo, principalmente com Ricardo Quaresma e João Mário. Mas não precisava de mais nada, por 1 a 0, Portugal garantiu o título.